quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Que tal um Natal de respeito pelo meio ambiente e pelos animais?

O Natal costuma ser uma data para pensar em paz, amor, renascimento... assim como o Ano Novo. Assim, que tal dar uma olhada nos links abaixo, e refletir sobre o que você pode fazer no seu dia-a-dia para melhorar o mundo em que vivemos?

- Minha animação-documentário produzida em Flash no Japão, "Por Trás do Rebanho":

http://math-info.criced.tsukuba.ac.jp/~mauricio.kanno/

- Artigo no site Akatu da jornalista Jaqueline Ramos, "Os Impactos da Alimentação para o Meio Ambiente":

http://www.akatu.org.br/central/opiniao/2008/os-impactos-da-ali

- Entrevista para a revista Época do biólogo Sérgio Greiff, "Vegetarianismo a Favor do Meio Ambiente":

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG74465-5856-421,00-V

- Relatório da FAO/ONU, "Livestock's Long Shadow":

http://www.fao.org/docrep/010/a0701e/a0701e00.htm

- Dossiê da Sociedade Vegetariana Brasileira, "Impactos sobre o Meio Ambiente do Uso de Animais para a Alimentação":

http://svb.org.br/vegetarianismo/downloads/livros/index.p

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Este post foi feito aderindo proposta do blog Faça a sua Parte: http://www.verbeat.org/blogs/facaasuaparte/2008/12/o-natal-do-faca.html

sábado, 6 de dezembro de 2008

Panorama internacional de direitos animais em evento de 1 ano de debates do Grupo de Estudos de Direitos Animais



No dia 13 de dezembro de 2008, o Grupo de Estudos de Direitos Animais (GEDA) realiza seu 13º evento mensal de formação sobre o assunto, livre e gratuito aos interessados. Será no sábado, das 15h30 às 18h30, no restaurante Vegethus, com mediação de Cláudio Godoy.

- Primeiro estará em debate a situação dos direitos animais no mundo, com experiências nos Estados Unidos (professor da USP Artur Matuck e nutricionista George Guimarães), Inglaterra (estudante de Direito da USP Bruna Moliga), Israel (advogado Hugo Chusyd) e Japão (jornalista graduado na USP Maurício Kanno).

- Em seguida, o redator Dimas Gomez explicará como responder a três argumentos contrários aos animais: da Biodiversidade (animais usados não estão ameaçados de extinção), do Favor (muitos animais só existem por serem criados pelos humanos) e o Pragmático (seria impossível viver sem causar algum sofrimento aos animais). Os argumentos são os últimos analisados no livro Ética & Animais – Um Guia de Argumentação Filosófica, do filósofo Carlos Naconecy. E este é o último de nove encontros independentes em que a obra está sendo estudada.

- Almoço comemorativo - Antes do evento em si, às 14 horas, no mesmo dia e local, acontece o almoço comemorativo de 1 ano do grupo de estudos. Se interessar, o sistema é self-service, inclui sucos e sobremesas, e tem o preço fixo de R$ 19,50.

O endereço do Vegethus – Vila Mariana é Rua Padre Machado, 51, São Paulo – SP, próximo à estação de metrô Santa Cruz. Telefone: (11) 5539-3635.

Mais informações: (11) 9564-4568 ou grupogeda@gmail.com , com Maurício.

[arte do Logo: Rogério Carnaval]
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Caso possível, por favor, imprima o pdf de divulgação e divulgue na instituição que freqüenta!

Grande abraço,

Maurício Kanno

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Barack Hussein Obama presidente dos EUA

Só posso dizer que sinto muita alegria por ver Obama no cargo provavelmente mais poderoso do mundo! parece um sonho tornado realidade! um nome como "Barack Hussein Obama" neste posto, depois de tanta perseguição a gente com nome parecido, espero que ajude.

é claro que ele disse ter o objetivo de acabar com os grupos terroristas, como o Taleban. bem, vejamos se ele será mais sagaz a respeito. é estranho que ele queira continuar com a invasão no Afeganistão, terra de meu amigo Afzali, por exemplo, de quem conservo uma roupa típica comigo como lembrança...

de td modo, simbolicamente é mto interessante ver este cara lá. e espero que na prática tb, tenho cautela. bem, eu já havia comentado sobre minhas expectativas em um post de 1o de abril (não, não era post de mentira, rs): http://stoa.usp.br/mauriciokanno/weblog/19563.html

não vou enveredar por análises complexas, que não tenho tempo pra isso agora; sugiro que dêem uma lida em artigos de jornais, enfim. a propósito, um artigo interessante é este: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u464289.shtml , falando sobre a mudança na opinião pública mundial sobre o país Estados Unidos da América. Do ódio que todos sentem em relação a este país, devido ao seu governo, me parece mesmo que de agora em diante a coisa fica bem diferente.

Vamos acompanhar os próximos meses.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Italk, outro site colaborativo para aprender idiomas; 2 dicionários de japonês e 1 de inglês

há 2 semanas, indiquei aqui no blog o http://livemocha.com , site bem interessante para aprender idiomas. outro site mto bom pra aprender línguas, que completa o que falta no outro, é este, indicado por minha colega do Jornalismo/Editoração Fernanda Campagnucci: http://www.italki.com/

nao tem as lições e o sistema de pontuação e níveis que existem no livemocha (que curto muito por dar aquela idéia de jogo, competição, que ajuda muito a motivação, fator-chave para o aprendizado), mas complementa ele, porque tem outros recursos, como gramáticas, alfabetos, textos de ajuda, coisas que nao existem no primeiro. tudo produzido colaborativamente pelos participantes do site.

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tb aproveito pra indicar dois sites mto bons pra quem estiver aprendendo japonês, indicados por minha amiga Kitaura Minami, japonesa que trabalha na recepção do meu prédio, aqui na JICA Tsukuba/Japão:

este serve pra traduzir palavras do ingles para o japones e vice-versa, coloque em qualquer dos dois idiomas que ele vai entender e já traduzir para o outro idioma: http://www.alc.co.jp/

já este é um dicionário japonês-japonês, que ajuda quem já conhece hiragana (os caracteres fonéticos nativos japoneses) como eu, mas fica perdidaço com os trocentos kanjis (ideogramas, indicam idéias) do japonês. com eles vc pode obter a pronúncia dos kanjis (ou, como os japoneses dizem, furigana): http://dictionary.goo.ne.jp

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já este aqui é um dicionário inglês-inglês e enciclopédia geral, que estou usando para entender melhor o significado de palavras em inglês mesmo, achei bom: http://www.answers.com/

domingo, 19 de outubro de 2008

Que *%$#!!

tô longe, mas td dia vejo a Folha Online; não pude acreditar quando li q o tal Lindenberg realmente atirou na cabeça e na virilha da ex-namorada, e matou ela mesmo. q *$^#!!!!!!! e depois de 100 horas de terror em cima da moça!!!! eu tava acompanhando o caso meio por cima, mas sempre acreditava que tudo ia se resolver bem...

tem gente, como o colunista deste mesmo jornal Kennedy Alencar, que chama de "lambança" o que o Gate, setor da polícia que negociou com o terrorista, fez, mas putz... realmente não sei o q poderiam ter feito contra esse %*$#! lambança é a deste "ilustríssimo" Lindenberg.

talvez eu devesse tirar uma lição de moral, alguma conclusão para colocar aqui neste post, mas sei lá. a única que me vem em mente agora é que existem *$^# no mundo - nada genial, eu sei. só tristeza. e nunca sabemos quando podem aparecer. fazer o quê?

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Aprenda e ensine idiomas com o LiveMocha!!! (websocial 3.0 colaborativo etc.)

to adorando este site: http://www.livemocha.com

é ótimo, já conversei com uma chinesa q veio me chamar para um chat e me mostrou belas praias chinesas (quem sabe encontro ela lá na praia de Sanya, ou ela me aparece em Santos um dia, como conversamos?): http://hi.baidu.com/ieunet/album/item/cff9021f07ff8a77f724e4a8.html



uns outros já me convidaram para "amigo", eu na minha (nem preenchi meus dados direito, mas acho q é pq eu coloquei as línguas que eu sei, entao eles acham q eu posso ajudar, rsrs)

veja só o tanto de curso q eu to fazendo! rsrs:
hindi(da Índia), mandarim (chines), espanhol, ingles, e japones!

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gostei msm, por exemplo japones, tem de verdade kanjis e hiragana e katakana, entao to aprendendo bastante com a colaboracao do pessoal! funciona de verdade!

(especialmente graças à colaboração que tive de um italiano que, em junho, postou várias dicas de pronúncia dos kanjis das frases em japonês que eu tava estudando... assim deu pra entender!!! e eu, como recompensa, claro, votei positivo nas dicas dele!)

tb eu mesmo já dei várias dicas de japonês em frases lá pra galera, com o japonês que eu já sei... mostrando a pronúncia e significado de um tanto de frases lá. e também comentei frases de uma argentina que tá aprendendo português brasileiro! acho mto bacana isso.

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entra lá! e não se esqueça de me procurar pra me adicionar como "amigo", meu username é "Animao".

ah, a dica foi da minha mana, Natália Kanno, colega estudante de Medicina na USP.

sábado, 4 de outubro de 2008

Como era a cara de Jesus Cristo?

Instigado por um comentario de Daniela Prado, em um post da Livia Maat no Stoa da USP, resolvi produzir este post.

Acho Cristo um gato, lindo!!! Principalmente quando é representado de cabelos castanho-claros longos e olhos azuis ou cor de mel. Tenho até algumas imagens dele em casa (que ganhei de minha mãe) para os momentos de solidão.
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o problema eh que a aparencia de Jesus Cristo mesmo, de acordo com arqueologos, etnologos, historiadores, teologos, etc., nao tem nada a ver com essa carinha europeia. esta minha fala eh baseada principalmente em reportagens que li na Veja ou Superinteressante faz um tempo, mas como nao tenho aqui...

bem, aqui esta uma lista de um monte de imagens de Jesus que foram realmente feitas para representa-lo ao longo dos tempos: http://www.religionfacts.com/jesus/image_gallery.htm

com certeza para nos, influenciados pela cultura europeia como suprema (e odeio isso, apesar de o padrao europeu de beleza tambem fazer parte de meus ideais, claro), consideramos e gostamos de considerar Jesus como um loirinho delicado, como nas imagens:



http://www.religionfacts.com/jesus/images/mormon-jesus-by-del-parson.jpg

e http://www.espada.eti.br/p223.asp ("Cabeça de Cristo", pintada pelo artista Warner Sallman, em 1941)

mas a imagem real de Jesus Cristo tinha muito mais a ver com a seguinte:



(essa eh a imagem que me lembro de ter visto na Super ou na Veja, produzida por analises de etnologos, historiadores, etc.)

nas versoes seguintes, ainda tem algo a ver pelo menos, mas esta bem bonitao:

http://www.watchtower.org/t/200612/article_01.htm

http://www.watchtower.org/t/20050915/article_01.htm

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veja alguns trechos que coletei em alguns sites:

"Consideravelmente, a Bíblia parece não dar grande importância à aparência física de Jesus. Isaías nos diz: "Ele não tinha beleza, nem formosura e, olhando nós para Ele não havia boa aparência Nele, para que O desejássemos". (Isaías 53:2)"
http://www.suaescolha.com/essay/jesusverdadeiro.html

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texto bem escrito de um pastor bem razoavel, baseado em trechos biblicos e em cultura judaica:

"Alguns eruditos bíblicos acreditam que talvez a representação mais próxima possa ser um desenho a carvão encontrado em uma parede nas catacumbas de Roma (...) Esse desenho em particular, retrata Jesus com fisionomia judaica e cabelo preto cortado bem acima dos ombros, como era o costume entre os homens daquele tempo. Afirmar que Ele tinha cabelos longos é mostrar ignorância da tradição judaica (...)
"Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido?" [1 Coríntios 11:14]

Jesus de Nazaré foi um carpinteiro (...) O trabalho manual duro (...) As mãos de Jesus deveriam ser bem calejadas e Seu físico bem musculoso devido ao esforço físico (...) Naquele tempo, a expectativa média de vida entre os homens pobres da classe trabalhadora estava na faixa dos 35-40 anos (se tanto, devido aos rigores do trabalho pesado, à má nutrição e às doenças). Por causa desses fatores, a aparência de Jesus provavelmente seria a de um homem mais velho.

"Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão?" [João 8:57]

Como um homem de trinta anos, sua barba (e bigode) teriam sido muito mais cheios e menos aparados do que na representação da gravura, pois a Lei proibia os homens de apararem os cabelos da face.

"Não cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa cabeça, nem danificareis as extremidades da tua barba." [Levítico 19:27]

Além disso, a partir da profecia encontrada no livro de Isaías, parece provável que a aparência de nosso Senhor era a de um trabalhador comum de seu tempo.

"Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos." [Isaías 53:2; ênfase adicionada]"

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alem do txt anterior em http://www.espada.eti.br/p223.asp , tb ha este, mto bom:

"Não tinha olhos Azuis. Ninguém ali tinha olhos azuis. E que dizer dos traços físicos de Jesus? Provavelmente eram semitas. Ele os teria herdado de sua mãe, Maria, que era judia. Os ancestrais dela também eram judeus, da linhagem dos hebreus. De modo que os traços físicos de Jesus provavelmente eram como os de um judeu comum.

Mesmo entre seus apóstolos, Jesus evidentemente não se destacava como fisicamente muito diferente, pois Judas teve de traí-lo aos seus inimigos com um beijo identificador. Portanto, Jesus podia facilmente misturar-se no meio de multidões. E ele fez isso, pois, pelo menos uma vez, viajou da Galiléia a Jerusalém sem ser reconhecido. — Marcos 14:44; João 7:10, 11. (...)

Ele tinha pele morena clara... como os judeus dali...além do mais andava muito... rsrsrsrs tomava muito sol. Era forte. Certa vez ele expulsou vendedores do templo. Será que alguem fraquinho faria isso?
Precisava ser forte para andar como ele andava. Ele quase não aparava para descansar... Tinha cabelo curto.. iguais da sua época. (...)

os artistas renascentistas retratavam um Jesus que queriam ver... iguais aos europeus.... ninguém queria Jesus moreno e de pele escura."

link: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080922113447AAX0gMn

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e isso importa, no fim das contas?

eh claro que a aparencia de Jesus nao eh o mais importante mesmo (este post foi mais a titulo de curiosidade, alem de buscar trabalhar estereotipos e manipulacao ao longo dos tempos), mas sim a mensagem de sua vida: paz e amor (bem ao estilo hippie, rs - calma, eh uma brincadeira). humildade tambem pode muito bem ser acrescentado ai... inclusive considerando sua aparencia e vida. e ainda encaixa no modo de vida dos hippies, rs.

qto a isto incluir respeito aos animais e vegetarianismo, sua mensagem hoje, da maneira como a sociedade tem evoluido (apos 2000 anos de sua passada por aqui), pode muito bem ser assim interpretada, a ver por analises aqui, aqui, e aqui, por exemplo, mas eh claro que, inserido na sociedade e cultura da epoca, tao antiga, imerso na cultura carnivora assim como nos na cultura que ama a aparencia europeia (e q tb ainda adora comer carne, apesar de isto estar mudando), pode mto bem nao ter sido.

resta-nos apenas tomar sua mensagem e analisar, considerando seu contexto historico, sob tambem a perspectiva de hoje, dadas nossas possibilidades.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Mesa-redonda hoje: Como a política pode ajudar o abolicionismo?

Olá, vou mediar hoje uma mesa-redonda virtual, 20-21h (horário de Brasília), realizada pelo VotoVegano.org.

Estarão presentes políticos, em geral candidatos a vereador, que assinaram a carta abolicionista, cujo princípio central é ser contra a escravidão de seres sencientes, que inclui os humanos e a ampla maioria dos demais animais.

Assinaram a carta até agora 9 deles, de diferentes partidos. Seus Estados são: 4 de São Paulo, 3 do Rio Grande do Sul, 1 de Minas Gerais e 1 do Rio de Janeiro.

Confirmaram presença no debate até o momento 5 políticos.

Participe:
www.votovegano.org/debate

Saiba mais:
Políticos que assinaram a carta abolicionista (e o texto): http://www.votovegano.org/euprometo/
Convite detalhado para participar do debate: http://www.votovegano.org/debate/convite.pdf

Grande abraço.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Candidatos municipais animais!

Se voce acha que os animais merecem respeito, pesquise sobre estas opcoes. Conheço todos pessoalmente e são ótimas pessoas; pior que eu nem vou poder votar... porque tô longe e não se vota para o município no exterior:

Em São Paulo:

Prefeita:
Soninha 23 PPS - http://www.soninha.com.br/
Gravou depoimento apoiando a nova Agência de Notícias de Direitos Animais, e é muito ativa com diversos outros movimentos, como de inclusão digital e saúde. Por denunciar o "esquemão" comum de toma-lá-dá-cá de acordos na Câmara recentemente, está sendo bastante atacada pelos colegas vereadores: http://www.estadao.com.br/nacional/eleicoes2008/not_cid236818,0.shtm

Vereador:
Veterinário dr. Marcel Benedeti 43.062 - http://marcelbenedeti.com.br/blog/
Palestrou no Campus Party Br, no Ibirapuera, para onde o convidei, escreveu vários livros sobre defesa animal, e é muito inteligente.

Para Osasco:

Vereador:
Leandro Ativista 43.003 - http://www.leandroativista.com/
Fundador e secretário geral do grupo Ativismo.com, de defesa dos direitos animais, já conversei e quase atuei com ele umas vezes, é bastante dedicado.

Abs!
Maurício Kanno

Heroísmo no mar: belo e trágico

Fiquei estupefato com esta notícia.


"15/09/2008 - 19h07
Buscas a surfista desaparecido no Guarujá (SP) serão retomadas nesta terça

da Folha Online

As buscas ao surfista Tony Andreo Villela, 32, desaparecido no mar do Guarujá (Baixada Santista) no domingo, serão retomadas a partir das 7h desta terça-feira pelo Corpo de Bombeiros.

Nesta segunda-feira, uma equipe com 12 bombeiros trabalharam no mar durante todo o dia utilizando três embarcações, mas não conseguiram encontrá-lo. O trabalho foi interrompido por volta das 18h.

Villela desapareceu nas águas após ajudar outros dois surfistas --turistas de São Paulo-- em uma área de risco. Segundo o Corpo de Bombeiros, Villela estava na areia por volta das 9h40 de domingo e avistou os avistou na região do morro do Maluf, que separa as praias da Enseada e Pitangueiras. As fortes ondas os jogavam em direção às pedras.

Eles foram salvos e tiveram ferimentos leves, com poucas escoriações. Após o resgate, Villela não conseguiu chegar à praia e desapareceu no mar. Conhecido pelas equipes dos Bombeiros, ele chegou a atuar como guarda-vidas voluntário e costumava surfar aos finais de semana nas águas da região. Os bombeiros consideram muito remotas as chances de encontrá-lo com vida."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u445202.shtml

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

10a palestra-debate do Grupo de Estudos de Direitos Animais

06/09/08, sábado, 15h30

1a parte: Da considerabilidade moral dos seres vivos: a bioética ambiental de Kenneth E. GoodPaster (autor: Sônia T. Felipe). Apresentacao por Cláudio Godoy. Disponível em: http://groups.google.com/group/geda-sp/web/da%20considerabilidade%20moral%20dos%20seres%20vivos.pdf

2a parte: Os Argumentos da Excepcionalidade e da Importancia - capitulos 3.8 e 3.9 do livro Etica e Animais, de Carlos Naconecy. Apresentacao por Tania Vizachri.

Mediador: Leonel da Costa Carvalho

O horario sera das 15h30 as 18 horas, no restaurante Vegethus. O endereco e Rua Padre Machado, 51, São Paulo - SP, próximo à estação de metrô Santa Cruz. Acesse aqui o mapa do local.

A participação é gratuita e livre a todos os interessados.

domingo, 31 de agosto de 2008

Amigos de todo o mundo em Tsukuba, Japão

Algumas das pessoas que conheci na JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão):



Colegas asiaticos na JICA Tsukuba, onde moro no Japao: Mustalah e Milu, das ilhas Maldivas; Chawarda, do Sri Lanka; eu, brasileiro com cara de japones; e o grande amigo Aminul, de Bangladesh! (Sempre da esquerda para a direita.)

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Colegas latino-americanos na JICA Tsukuba, onde moro no Japao: Daniel, da Guatemala; Daira Vandon, da Nicaragua; o irreverente professor Jorge Ramero, do Equador; e os festeiros bailantes Andre Sanchez, da Costa Rica e Guillermo, do Paraguai!

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Colegas asiaticos na JICA Tsukuba: o vietnamita Hien; a chinesa Kami; e os tambem vietnamitas Thinh (adora agitar uma paquera) e Tuyen (que sempre ri). Eu sou o penúltimo de vermelho.

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Amigo africano de Guiné-Bissau, Rui Mateus (oba, falante de portugues!).

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Mais fotos da turma aqui (incluindo comida vegana do refeitório do prédio): http://picasaweb.google.com.br/mpkjor/JICATsukuba

Assassinato em massa pode ser "humanitario"?

Um estudante de Engenharia de Alimentos orgulhosamente mostrou em seu blog um video com metodos "humanitarios" de assassinato de animais. Veja o video voce mesmo e diga o que te parece:



Minha resposta a ele:

"Ola.

Para um sistema de assassinato em massa, nao posso aceitar a nomenclatura de "humanitario". Voce aceitaria chamar de "humanitarias" as camaras de gas nazistas, pelotoes de fuzilamento deste ou de outros periodos? Nao sei o quanto duravam estas mortes ou o quanto sofriam as pessoas nestes casos, mas mesmo que fossem mortes com sofrimento tendendo a zero, voce concordaria com elas?

Voce se referiu a algumas organizacoes que utilizam este termo, incluindo uma certa Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA). Devo esclarecer-lhe que esta organizacao eh bem-estarista, ou seja, nao esta dentro do movimento de defesa dos direitos animais. Apenas busca formas consideradas "aceitaveis" pela sociedade em geral, para que se possa continuar explorando e matando os animais, continuando a violar seus direitos basicos.

Voce disse que um dos criterios eh:

"os animais não podem ser estressados desnecessariamente"

Oras, mas podemos viver muito bem sem matar o animal, que quer viver tanto quanto voce e eu. Leia trecho da carta Seja Vegano, de Claudio Godoy:

"Do ponto de vista da nossa saúde, não é só inteiramente possível como até mesmo desejável a adoção de uma dieta que não inclua nenhum produto de origem animal em todas as fases da vida, como atesta o parecer da Associação Dietética Americana de 2003. De acordo com este parecer, todos os profissionais de saúde têm o dever de estimular e orientar aqueles que desejam adotar este tipo de alimentação e não podem mais dissuadí-los."

Assim, provavelmente, algum estresse deve haver em um processo de morte, concorda? Como alguem se sentiria a caminho da morte? Assim, este criterio nao eh valido.

Estes metodos não demonstram "crueldade" para com o animal? Matar um animal sadio nao eh crueldade? Se fosse matar um animal humano sadio, isso seria considerado crueldade? Sugiro colocar-se no lugar destes seres, pois eles tambem tem vidas a serem respeitadas.

Pergunto seriamente: Qual eh a caracteristica relevante eticamente que todos os humanos tem, que nenhum animal tem, que permite respeitar direitos basicos humanos e nao fazer o mesmo com outros animais?

Realmente nao posso respeitar uma industria de morte, prefiro respeitar industrias da paz. Espero que os consumidores destas industrias cada vez mais se voltem para outros produtos, assim como os empresarios e trabalhadores destas industrias cada vez mais se voltem para outras atividades.

Paz a voce e grande abraco."

Leia o post original da discussao aqui:
http://stoa.usp.br/oliveiraramon/weblog/26886.html

sábado, 30 de agosto de 2008

Minha reportagem sobre o Monte Fuji na Folha!

"Escalada no verão revela outra face do monte Fuji

MAURÍCIO KANNO
colaboração para a Folha de S.Paulo, no Japão

Símbolo do Japão, o monte Fuji aparece sempre cheio de neve e rodeado de nuvens, tanto nas ilustrações tradicionais como nas camisetas e nos chaveiros contemporâneos --mas, para alguns, ele encerra o desafio de uma escalada reveladora.

Quem aceita encarar a subida dos seus 3.776 m, dificilmente avista o branco nival tão comum na representação da iconografia. Vê, sim, um caminho de pedra e areia, cinza, marrom e vermelho, com folhagens esparsas, até chegar à borda da cratera --o monte é, na verdade, um vulcão. E, se olhar em volta, verá um tapete de nuvens, cada vez mais abaixo.

Não só o Fuji-san (como é chamado em japonês) cheio de neve mas também o Japão sempre frio, são imagens particularmente equivocadas.

(...)"

Leia mais:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u439214.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u439215.shtml

Ou ainda leia a reportagem inteira na Folha de S. Paulo desta quinta-feira, 28 de agosto de 2008, da pagina F1-F9! (Ou confira os textos na integra quem for assinante UOL ou Folha... infelizmente nao posso publica-los aqui no blog, por razoes obvias.)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Universidade de Tsukuba e JICA Yokohama em imagens

Enfim, volto a publicar fotografias relevantes aqui.

Conheça a Universidade de Tsukuba, em Ibaraki, onde faço um treinamento irreverente sobre web-sites, focado em Adobe Flash / Action Script. Veja:





Acima: Na sala em que estudo (ou tento estudar) todo dia, o orientador irreverente japonês Yahara-san, eu, e a minha colega de curso Yukie Hori.



Exemplar de comidinha vegana que seleciono quase todo dia em um dos meus refeitórios favoritos da universidade. Bem estilão japonês.

Veja mais 60 fotos na Universidade de Tsukuba, legendadas, aqui:
http://picasaweb.google.com.br/mpkjor/UniversidadeDeTsukuba

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Conheça também um pouco de Yokohama, onde morei na minha primeira semana aqui no Japão este ano:





Não poderiam faltar típicas estudantes de colegial japonesas, poderiam?



Isso eram botões do vaso sanitário do meu quarto no prédio da JICA Yokohama. Que medo de apertar algum botão e eu sair voando bem na hora H...

Veja e leia mais sobre Yokohama em:
http://picasaweb.google.com.br/mpkjor/YokohamaFinal

Se você perdeu o post principal sobre Yokohama, acesse aqui:
http://mauricio-kanno.blogspot.com/2008/07/fotos-de-viagem-para-yokohama-japo.html

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Fogueira das Vaidades no Extremo Oriente: Monte Fuji e Lago Kasumigaura

Sim, este post é extremamente egocêntrico. Só eu, eu, eu e mais eu. Não vai encontrar muito de útil aqui, a não ser quem sabe pelos cenários ao fundo. Puro turista aparecido. Isto é só para os amigos curiosos em saber como eu estou aqui no Japão, visualmente. Para os que esperam algo mais sério, aguardem os próximos posts.

No alto do Monte Fuji (3.776 m de altitude; 11 horas para subir, 5 horas para descer): http://picasaweb.google.com.br/mpkjor/KannoNoMonteFuji



Pedalando 100 km pelo Lago Kasumigaura (12 horas), segundo maior lago do Japão: http://picasaweb.google.com.br/mpkjor/KannoNoKasumigauraLake





Retratos com cabelo arrepiado e chapéu: http://picasaweb.google.com.br/mpkjor/EuNoNihon

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Minha mana tem super-poderes!

Enfim, ela autorizou a publicação, após uns 2 anos! Oba! Lá vai! Seu segredo enfim revelado! Valeu, mana!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Ponyo: primeiro filme / animacao que assisto no Japao em cinema!

Fiquei em duvida (por nao saber o idioma), mas nao teve jeito: fui hoje assistir em um cinema na cidade com dois amigos japoneses Ponyo, animacao do consagrado cineasta de animacao japonesa Hayao Miyazaki! Eu queria muito ir a um cinema japones, e assistir a uma animacao japonesa, pronto! Agora consegui cumprir estes objetivos, eheh! O filme foi em japones, entao nao deu pra entender muito dos dialogos, mas ta valendo... Pelas entonacoes, pelas imagens (belissimas), etc., deu pra pegar bem a historia... E talvez seja ate interessante saborear um filme (especialmente animacao) por este lado mais sensivel...

E assisti esta animacao antes de todo mundo nos outros paises, pois parece que so vai estrear em outros paises so beem depois mesmo... Quando vai chegar ao Brasil? Nao sei, mas pelo que li no site IMDB, especializado em cinema, na Italia so vai chegar em setembro deste ano (Festival de Venice) e no Reino Unido/Inglaterra so em abril de 2009... Ou seja, acho que vai dar tempo de eu chegar ao Brasil e assistir em portugues ainda, huahuahua.

O nome do filme original e "Gaku no ue no Ponyo", o que significa algo como Ponyo no alto do penhasco... Basicamente eh uma peixa que conhece um menino e tenta virar uma menina para ficar com ele. Mas o mais bacana em si e toda a magia que envolve a historia, cheia de ondas e peixes gigantescos, tsunamis, a coragem da mae durona do garoto, e outros encantos de um anime belo do seu Miyazaki. Este autor, diretor do Studio Gibli, tambem produziu Viagem de Chihiro e O Castelo Animado, conhecidos no Brasil.

Ah, claro, a tematica deste filme pega bem personagens animais... Um de meus temas preferidos. Mas o que dizer de uma peixa que quer virar humana? Que mensagem isso passa? Superioridade dos humanos sobre os outros animais? Nao sei... De fato, e problematica a relacao do garoto que quer "ter" o peixe para si... Mas a relacao eh de amizade, e a peixa e toda poderosa, a historia tem muita magia... Acho que o enredo consegue passar por tudo isso. O contato entre os mundos humano e aquatico se da com bastante tumulto e encanto, amizade e desespero. Como se diz? Transcendente e dubio...

Violencia e propriedade do humano sobre o animal? Nao, nao diria que isso aparece no filme... como e a realidade. Ha toda uma comunicacao e relacao tumultuada, isso sim...

Links?

http://www.ghibli.jp/ponyo/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hayao_Miyazaki
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gake_no_ue_no_Ponyo
http://en.wikipedia.org/wiki/Ponyo_on_the_Cliff_by_the_Sea
http://en.wikipedia.org/wiki/Hayao_Miyazaki
http://www.imdb.com/title/tt0876563/releaseinfo

domingo, 3 de agosto de 2008

1o episodio de Heroes da 3a temporada

Oficialmente, so em setembro, mas la vai descricao e um video parcial:



Eheh, pois eh, to bem longe, mas nao deixo de ficar ansioso pelo retorno desta fantastica serie! Cujo personagem mais engracado e interessante eh... um japones, claro! Soh que ainda nao encontrei ninguem aqui no Japao que assista e curta tambem... rs

Bem, la vai: texto escrito por "Sam", na comunidade Heroes Brasil, no Orkut: (cuidado, spoilers!)

"Conforme esperávamos, ontem na Comic-Con, foi exibido o primeiro episódio da terceira temporada de Heroes: Villains. Não há vídeos por enquanto, mas há a descrição do episódio.
Confira-a abaixo:

- O episódio começa 4 anos no futuro. Claire apontando a arma pro Peter. Ele implora a ela para deixá-lo voltar ao dia em que "todos descobriram". Ela ATIRA, mas ele para o tempo e sai da frente.

- Agora vemos o presente. Peter do Futuro coloca um casacão preto e entra na sala do final da última temporada. Ele atira no Nathan. O Matt e uns policiais tentam caçar o Peter do Futuro.

- Aparece a casa da Claire, onde ela vê tudo o que acontece. Ela liga pro Peter do presente e pergunta se eles precisam do sangue dela para salvar o Nathan.

- Corta para o hospital. Médicos tentam reanimar o Nathan.

- O Peter do Presente está do lado do irmão o tempo todo. Então um médico chega pra ele e diz "Eu sinto muito". Nathan pereceu.

- Peter então vai até o irmão, que está morto numa mesa de cirurgia. Ele o toca, fazendo com que o Nathan acorde de sopetão. Aparece o logo de Heroes.

- Vemos então o Hiro no escritório de seu pai. Ele está zoando com os ponteiros de um relógio quando Ando chega. Hiro não sabe mais o que fazer, e está entediado nas Empresas Yamagato. Ele então vê um DVD que seu pai deixou pra ele com o título "Sobre seu destino".

- Vemos então a casa da Claire, e ela está brincando com o Mr Muggles. A campainha toca e ela vai atender. Quando ela abre a porta... SYLAR!!! Ele diz "Eu quero o que você tem!" Ela acerta ele com um troféu e tenta fugir, mas Sylar consegue trancar todas as portas e janelas na base da telecinese. Ela pega uma faca de cozinha e tenta se proteger dele. Eles estão sozinhos na cozinha. Ele aparece indo na direção dela. E então...

- Vemos o apartamento do Mohinder. A Maya está lá, assustada, segurando algo pesado enquanto alguém tenta entrar pela porta. O Mohinder entra e ela erra a porrada. Ela vê que é ele e então eles começam a conversar sobre os poderes da galera e como eles estão ligados a adrenalina. Aparentemente, quando a galera está com a adrenalina alta, seus poderes são afetados.

- Vemos o Hiro assistindo o dvd deixado pelo seu pai. Nele, Kaito diz que ele tem uma missão sagrada. Ele fala que está dentro do seu cofre particular. Nas mãos erradas, aquilo pode destruir o mundo. Agora é o dever do Hiro de NUNCA ABRIR O COFRE! É claro que Hiro vai e abre o cofre. Dentro do cofre tem um envelope, com um outro dvd com os dizeres "PRESS PLAY". Hiro vai faceiro e é mais uma mensagem de seu pai. "EU DISSE PRA VOCÊ NÃO ABRIR O COFRE! O único que pode proteger os Heróis é aquele de sangue puro". Dentro do envelope, além do dvd tem um gráfico, com vários elementos quimícos, dna,etc. Então um jato de vento passa por ele e o gráfico some. Hiro para o tempo pra saber o que diabos aconteceu. Então ele vê uma trilha deixada pela Speedster Daphne. Ela dá um encontrão no Hiro e some.

- Vemos então o Peter na sala de provas da polícia. O Matt chega com a arma do crime, que tem as digitais do Peter. Ele tenta ler a mente do Peter, mas não consegue nada. Então o Peter do passado se tranforma. Era o Peter do Futuro, que joga o Matt longe, pegando a arma e saindo tranquilamente.

- Peter do Futuro vai até o hospital pra matar o Nathan. Quando ele chega no quarto dele, o Nathan sumiu.

- Nathan chega até uma igreja e diz "Eu vi Deus hoje. Eu estava morto e Ele me deu mais uma chance. E agora eu sei porque estou aqui. Para fazer coisas grandiosas. Para fazer o Seu trabalho." Nisso o Peter do futuro chega pra matar o irmão.

- Então ele vê o irmão e ouve ele falar sobre como todos estão ligados, sobre destino e tal. Então ele se comove e deixa quieto.

- Vemos novamente o Mohinder e a Maya. O Mohinder coletou o sangue dela e fez uma fórmula que pode dar poderes a qualquer pessoa.

- Vemos então o Sylar com a Claire. Ela se escondeu num armário e ele não consegue pegá-la. Então ele encontra uns arquivos sobre os vilões do Level 5. Quando ele está distraído, a Claire mete a faca no peito dele, mas não adianta e ele joga ela na parede. Ele então começa a abrir a cabeça dela e apavorar com o cérebro dela. Ela consegue falar com ele. "O que você está fazendo?" ela pergunta. Ele responde "Estou procurando por respostas antes que eu sangre até a morte" "Você vai comer meu cérebro?" E então a resposta que todos aguardávamos chegou.
"Claire, isso é nojento". Então ele encontra o segredo dos poderes dela. Ela aparentemente morre quando ele encontra a habilidade dela. Ele retira a faca do peito e começa a andar tranquilo. Então ele volta, e coloca a tampa da cabeça dela de volta, e então Claire acorda.
Claire: "Você não vai me matar?"
Sylar: "Você é diferente, você é especial. Eu não poderia matar você nem que eu quisesse. Você nunca poderá morrer. E agora, aparentemente nem eu."

- Vemos a Maya querendo que o Mohinder destrua o frasco com a fórmula que dá poderes, mas ele não está nem aí.

- Vemos o Nathan de volta. O Peter do Futuro leva ele para o seu quarto no hospital, ouvindo as surtadas do irmão. "Nós poderíamos ser Anjos à serviço de Deus."
Peter: "Eu não espero que você entenda o que eu fiz com você, mas eu espero que um dia você me perdoe.". E então ele vai embora.

- Quando ele sai do quarto, Linderman diz "A vida realmente é uma coisa estranha, não é Nathan ?"

- Vemos uma cena de Niki falando com o governador sobre o Nathan.

- Vemos então o Matt no meio do deserto, preso.

- Aparecem o Hiro e o Ando. O Ando quer que o Hiro vá ao passado para entender o porque da Daphne roubar os gráficos. O Hiro resolve que tem que ver o futuro.
Ele então vê o Hiro e o Ando do futuro discutindo. Então, o Ando do futuro manda uma rajada de um raio vermelho e desacorda o Hiro do futuro. ANDO TERÁ PODERES!
Hiro se esconde num canto e vê uma visã Hiro se esconde num canto e vê uma visão apocalíptica: Tóquio sendo destruída!

- Vemos o Mohinder e o pior acontece. Ele usa a fórmula ao invés de destruí-la.

- Angela Petrelli aparece para o Nathan. É revelado que o poder dela são "Sonhos". Aquilo que o Peter sonhava saía da cabeça dela.

- Ela então conversa com o Peter do Futuro.
"O que você fez com o meu filho?" pergunta ela em relação ao Peter do passado.
"Ele está num lugar seguro".
Então os dois vão até o Level 5. Vários presos gritam "EU SOU PETER PETRELLI!!!"

- Bennet também se encontra no Level 5.

- Vemos o Matt no deserto, e ele vê uma pintura em uma pedra. O mundo explodindo.

- Vemos várias cenas. O Linderman com o Nathan, a Niki tramando algo, e o Mohinder largado no chão. Bandidos resolvem que vão roubar ele, então ele acorda e torce o braço do cara de uma maneira absurda. Ele então olha para suas mãos, assustado, quando a câmera vai subindo e vemos a mesma pintura do mundo explodindo, pintada na parede de um prédio. E então "Continua..."


OBS: Depois da exibição do episódio, o elenco e os produtores ficaram abertos para perguntas. Foram poucas e não revelaram nada demais. Porém, podemos destacar que foi perguntado ao elenco qual seria a definição da nova temporada. Eles responderam assim:

• Jack Coleman: Fantástica.
• Hayden Pannetiere: Incrível.
• Milo Ventimiglia: Vai derreter suas cabeças.
• Masi Oka: Falou algo em Japonês. =D
• Greg Grunberg: Sexy!
• Dania Ramirez: Perturbada!
• Zachary Quinto: Eu sempre gostei da palavra Brouhaha (essa nem eu entendi)
• Ali Larter: Maravilhosa
• Sendhil Ramamurthy: Realmente sombria."

Fontes:"Judão", transmitido por "Sam", na comunidade de Heroes Brasil no orkut:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=11634635&tid=5227626466820003885&na=1&nst=1

Mais aqui: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=11634635&tid=2588023518081288610&na=4&nst=1&nid=11634635-2588023518081288610-2588212505231147235

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Aprendi badminton! E vivam os vietnamitas!

Oie, rapidas (e sem acento neste windows): fiquei feliz da vida de aprender a jogar badminton, uma mistura de tenis (ou ping pong gigante, com quadra de volei) com peteca (ou mini-peteca)... Putz, isso eh mto popular por aqui. Parece que no Sudeste Asiatico, como Tailandia, Bangladesh, Vietna, as pessoas jogam muito! E no Brasil, eu nunca tinha ouvido falar!

Pois bem, depois de um vergonhoso inicio sequer conseguindo acertar a "bola" (ou quase isso), treinando sozinho uns dois dias tambem, uhu! Ontem um bangladeshiano me deu mais umas dicas e fiquei maravilhado ao ver que eu conseguia tacar a bola pra la e rebater depois! Agora dah pra me sentir mais enturmado...

E por falar em me sentir enturmado, putz, fiquei mto feliz quando hoje, depois de chegar cansado e tarde em casa e perder a hora do jantar aqui no predio da JICA [(Agencia de Cooperacao Internacional do Japao), Tsukuba, Ibaraki, Japao, etc.], ao chegar na cozinha comunitaria pronto pra aprontar alguma coisinha pra mim, uma turma de uns 6 ou 7 vietnamitas, com quem tenho falado por ai ora com um ou com outro (a dois deles especialmente devo muito, por se dedicarem tanto a resolver uns paus no meu computador), me chamam para jantar com eles, comida tipica vietnamita, preparada por eles!

E o melhor: vegana, macarrao, ceboloes, cenouras, e outros legumes... Esses caras estao me deixando com a melhor impressao desse pais que bateu os EUA nos anos 1960...

[fotos, depois, se eu conseguir tirar o atraso do estudo aqui no fim de semana... etc.]

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Um mundo em um prédio

Oi, faz tempo que não blogo, né? Também, tem muito o que aproveitar por aqui... E ter dor de cabeça também. Estou numa sala com umas 12 pessoas, o lobby do prédio da JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão) em Tsukuba, Ibaraki-ken, Japão.

Tem um monte de latinos (hondurenhos, nicaraguenses, colombianos, etc.) numa mesa do lado, ouvindo músicas latinas... Dançaram merengue... Inclusive tá tocando uma brasileira agora! Putz, agora colocaram até a música do parapapapapa... Tropa de Elite no Japão! Caramba, até aqui! Tocada por hispano hablantes!! aff

Não posso deixar de fazer menção aqui aos dois vietnamitas que me ajudaram muito com os paus que enfrentei no computador: Hien e Nguyen, do ministério da Agricultura do país deles.

Amanhã devo passar a pedalar até a Universidade Tsukuba, com dois amigos com quem costumo pegar ônibus da JICA até lá: Sefanaru, das ilhas Fiji; e Mondeau, da Tunísia. Vamos ver se convenço o moçambicano Paulino a ir conosco também...

terça-feira, 15 de julho de 2008

Vídeos do trajeto de uma viagem para o outro lado do mundo

Lá vai meu diário de bordo audiovisual com cenas e narrações de minha trajetória partindo de São Paulo, passando por Santiago de Chile, Auckland na Nova Zelândia, até chegar ao Aeroporto de Narita, no Japão! [Esta viagem é patrocinada pela JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão, que me enviou ao Japão como bolsista!]



0 - (57s) Partida ao Japão (ainda no Brasil), eu dando tchau pra família.

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1 - (3min15) Aeroporto de Guarulhos em SP, rumo a Santiago (primeira escala).

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2 - (5min44) No Aeroporto de Santiago, Chile, a conocer um montón de jovens chilenos católicos!

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3 - (5min56) Partindo a Nueva Zelanda con um montón de chilenos en el avión!

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4 - (6min03) O que fazer enquanto se espera um vôo num aeroporto da Nova Zelândia? Um vídeo bobo com minha narração, é claro! Além de fantásticas cenas com jovens australianas, uma família indiana e uma senhora faxineira de Samoa... Não perca!

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5 - (7min47) Enfim, parto da Nova Zelândia, rumo ao Japão... Confira "interessantíssimas" cenas do aeroporto deste país da Oceania até o Aeroporto de Narita, em Tóquio... a aventura com minhas malas e enfim minha libertação dos aeroportos no Japão!

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Em breve, os próximos capítulos deste diário de bordo multimídia!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Fotos de viagem para Yokohama, Japão

Graças à JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão), cheguei neste domingo à noite (6 de julho de 2008) aqui em Yokohama, província de Kanagawa, Japão, para onde já estou partindo para outra cidade, Tsukuba, província de Ibaraki, amanhã cedo. Seguem algumas daqui de Yokohama:



(Prédio da JICA!)



(Minha turma desta semana para as palestras de apresentação da JICA e do Japão!)





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Produzi várias fotos e vídeos, sem grandes pretensões a não ser mostrar o que tá rolando, ok? Em algumas pode até rolar algo de qualidade artística melhor, vá... Por enquanto lá vai então o link dos álbuns de fotos:

Durante os vôos e aeroportos: http://picasaweb.google.com/mpkjor/MaratonaDeAeroportoBRJP

===> E o que interessa mesmo: no japão de fato, em Yokohama: http://picasaweb.google.com/mpkjor/YokohamaJICA

(Ah, também tem eu em casa antes de ir: http://picasaweb.google.com/mpkjor/PartindoAoNihon2008)

Coloque no modo "apresentação de slides" (botão em cima, setinha verde), que vai mais fácil a visualização!

Grande abraço!

Maurício

quarta-feira, 18 de junho de 2008

8º debate do Geda, no Vegethus: "Valor Inerente e Vulnerabilidade", por Mara Cristina

Neste sábado, 21 de junho, a partir das 15 horas, Mara Cristina da Silva apresentará o artigo Valor inerente e vulnerabilidade: critérios éticos não-especistas na perspectiva de Tom Regan, de autoria da profa. Sônia Felipe, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O artigo está disponível para download em:
http://groups.google.com/group/geda-sp/web/valor%20inerente%20e%20vulnerabilidade.pdf

No final do encontro, podem ser discutidos um capítulo de Ética & Animais, de Carlos Naconecy e/ou questões operacionais do grupo de estudos.

Esta será a oitava palestra-debate do Grupo de Estudos de Direitos Animais (Geda). O local desta vez será o restaurante Vegethus, na Rua Padre Machado, 51, São Paulo - SP, próximo à estação de metrô Santa Cruz. A duração total prevista é de 3 horas.

Contatos para dúvidas:
Maurício (11) 9564-4568 / Leonel (11) 8511-7772
Vegethus (11) 5539-3635
http://groups.google.com/group/geda-sp/

Abraço,
Maurício Kanno

sexta-feira, 6 de junho de 2008

"Carta ao Futuro", pelo promotor público Laerte Levai

"Escrevo sem saber se esta mensagem será um dia lida por alguém ou mesmo se ela conseguirá vencer a barreira do tempo, porque o mundo do futuro – tão incerto quanto desconhecido - soa ainda inimaginável aos nossos olhos aflitos. O que terá sido feito da Terra e dos animais? Os seres mais fracos continuarão sendo, no futuro, sistematicamente explorados? Ainda haverá leis para regular a sociedade humana? E nossos mais fiéis companheiros de jornada, por onde andarão? Que memória ficará da época em que se subjugava a natureza para atender a interesses econômicos diversos?

Restará alguma lembrança das criaturas perseguidas, abatidas e extintas pela espécie que se autodenomina racional e inteligente? E o sangue nos matadouros, que tinge de rubro a nossa consciência, ainda escorrerá impune? Haverá girassóis nesse mundo longínquo? Seja como for, seja onde for, esperamos que nesses dias futuros o respeito impere em relação a todos as criaturas, que a ética não tenha fronteiras e que a educação seja algo tão natural e espontâneo que supere a força da lei.

Porque o nosso tempo, bem sabem os filósofos, é ainda um tempo de injustiças e de desigualdades, que separa dominantes e dominados, que estabelece quem manda e quem obedece, que decide quem vive e quem deve morrer. Basta olhar para as matas devastadas, para a miséria das ruas ou para a realidade dos campos sem fim, na qual animais são perseguidos e explorados até o limite de suas forças.

Basta ver o que se esconde sob o véu dos espetáculos públicos, nas fazendas, nas arenas, nas jaulas e nos picadeiros. Basta enxergar o drama dos animais submetidos às agruras da criação industrial, aos horrores dos matadouros e às terríveis experiências científicas, dentre outras situações em que se lhes impinge dor e sofrimento. Este é o nosso tempo, tão bem retratado pela sensibilidade poética de Sophia Breyner:

"Este é o tempo
da selva mais obscura
Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura
Esta é a noite
Densa dos chacais
Pesada de amargura
Este é o tempo em que os homens renunciam"


Gostaria de consignar, na presente carta, um pouco das nossas falhas e contradições. Digo isso porque no Brasil vigora uma Constituição que veda expressamente a submissão de animais de atos cruéis. Essa lei, todavia, é vilipendiada e rasgada e todo instante. Não é preciso muito esforço imaginativo para constatar que muitas vezes as suas idéias não correspondem aos fatos. A maioria das leis brasileiras que se propõe a proteger os animais sucumbe diante da indiferença humana ou da crueldade institucionalizada pelo poder público.

A Lei de Proteção à Fauna estimula a caça de animais; a Lei do Abate Humanitário faz em seu texto concessões macabras, representadas por palavras terríveis: eletrochoque, corredor de abate, pistola de impacto, área de vômito, canaleta de sangria, etc; a Lei da Vivissecção legitima a tortura em nome de um suposto progresso cientifico, como se fossemos ingênuos o suficiente para acreditar que a ciência seja neutra ou que ela busca a paz. Nesse amplo cenário de servidão, seres sencientes tornam-se objetos descartáveis, peças de reposição, criaturas eticamente neutras.

O vocabulário jurídico do nosso tempo é igualmente cruel ao se referir aos animais: a lei brasileira, via de regra, considera-os propriedade, coisas de alguém, objetos materiais, recursos naturais ou bens de uso comum do povo. Como o Direito pode ser justo se, em nome de seus fins, retira dos animais o que eles têm de mais precioso?

Um célebre filósofo do século XIX, Arthur Schopenhauer, escreveu em 'Dores do Mundo' que a compaixão é uma das principais virtudes humanas, lembrando que uma mesma essência atravessa o céu, as águas, as florestas e os seres vivos, cuja existência é uma experiência fascinante e única:

"A suposta ausência de direitos dos animais, assim como o argumento de que nossa conduta em relação a eles não tem valor moral algum, é de uma ignorância revoltante".

É certo que nosso país, como poucas nações do mundo, estabeleceu a tutela dos animais como princípio constitucional. Apesar disso, a cultura, os costumes, os interesses científicos e econômicos transformam essa norma protetora em letra morta. A ideologia do consumo que se faz no Brasil contribui para a sistemática e incondicional exploração dos animais, mostrando que a nossa legislação – tida como uma das mais avançadas do planeta – convive com uma realidade bem diversa da que se preconiza no papel.

Homens do futuro, escrevo-lhes de um tempo sem limites, de um tempo de jaulas, de arpões, de correntes e de chibatas, de um tempo insano em que magarefes, no exercício de sua atividade brutalizada, apunhalam dezenas de vidas a cada minuto. Tempo de escravidão. De tortura. Tempo de chacinas em ritmo industrial. A chamada 'cultura do churrasco', mola propulsora da crueldade no agronegócio, tornou-se instituição nacional, apesar dos grandes latifúndios que poderiam ser utilizados no plantio de vegetais e grãos capazes de suprir as necessidades alimentares humanas. E pensar que, mesmo assim, gente ainda morre de fome no Brasil e em várias partes do mundo. Queremos o fim de tanta miséria.

A história das lutas pela libertação, ao superar as barreiras do preconceito, demonstra que os grandes movimentos de transformação social começaram sempre com pequenos gestos libertários e idéias de alguns raros e loucos que ousaram sonhar. Sabemos que todo movimento de quebra de paradigmas passa por três fases, na seguinte ordem: ridicularização, tolerância e aceitação. Em que fase estaremos? Quero crer que na fase intermediária, caminhando para uma libertação que esperamos se concretize no futuro.

Ainda próximo de nosso tempo, na India, um líder pacifista clamou por piedade por todos os animais vítimas da tirania humana, certo de que eles não têm forças para nos resistir. Esse homem, chamado Mahatma Ghandi, morreu assassinado pelas mãos da intolerância. Pena que em nosso tempo ainda não se conhece o verdadeiro significado da Ética, porque interesses humanos dos mais diversos desnaturam esse conceito a ponto de transformá-lo em uma palavra vazia de sentido.

Outra grande personalidade do século XX, que cantou o amor ao imaginar um mundo mais pacífico para todos, também não resistiu ao treslocado gesto reafirmador de uma cultura permeada pela violência. Morto John Lennon, suas canções viverão sempre dentro de nós.

Assim escreveu o sociólogo Roberto Gambini, ao refletir sobre a condição dos animais inseridos em nosso perverso sistema antropocêntrico:

"Sem defesa, sem voz e sem protesto, os animais vão sumindo, um a um, abatidos, baleados , encurralados em becos sem saída, banidos até os limites dos campos habitáveis. Antes que tudo se perca, é necessário acordar do pesadelo para que possamos continuar sonhando. Trabalhar com o inconsciente, compreender a verdade profunda dos instintos e da alma, perceber a presença do divino dos olhos de um animal. Essa talvez seja a última utopia pela qual ainda possa valer a pena dedicar uma vida de estudo e trabalho"

Aprendemos, afinal, que há uma essência única entre todos os seres vivos, que a inteligência não é privilégio da espécie humana, tampouco a capacidade de experimentar dores e sofrimentos. Aprendemos também, com Cesare Goretti, autor do pioneiro ensaio jurídico intitulado "L'animale quale soggeto di diritto", que "o homem possui, a um só tempo, deve legal e moral para com os animais".


Já para Piero Martinetti, segundo os comentários de Alessandro di Chiara no prefácio de 'Pietá verso gli animali", "a dor dos animais assim como o sofrimento dos inocentes testemunha o mistério da existência e ao mesmo tempo revela o aspecto trágico da realidade, na qual o problema do mal confirma a maldade e a aparência do mundo fenomênico. Diante dessas insuperáveis dificuldades que assinalam a vida, Martinetti propõe uma moral superior, na qual a justiça e a caridade orientem o homem além de uma Ética baseada em um fundamento religioso. Por esse motivo, a piedade representa, para ele, o verdadeiro símbolo da união que deve ocorrer entre o homem, a natureza e os animais".

Grandes filósofos dos direitos animais surgiram em nosso tempo. O primeiro, Peter Singer, ampliou o princípio da igualdade de interesses; o segundo, Tom Regan, atribuiu direitos a todos os sujeitos-de-uma-vida; o terceiro, Gary Francione, mostrou os fundamentos abolicionistas da verdadeira libertação. Os direitos animais, aqui no Brasil, encontram sua maior expressão no trabalho filosófico de Sônia Felipe, cujos alunos têm a missão de levar nossa causa para o futuro.

Porque acreditamos em mudanças, porque não queremos mais compacturar com a mentalidade especista que está impregnada em nossa sociedade e porque sabemos que se trata de uma questão de justiça, decidimos enfim nos reunir. De 1 a 4 de maio de 2008, em um ponto eqüidistante entre o Atlântico e o Pacifico, ao Sul do Equador, em um sítio de uma pequena cidade do interior paulista, aqui estamos todos juntos para traçar os rumos do movimento abolicionista em favos dos animais.

Buscando sonhar novas utopias, em um país ainda debutante no exercício das liberdades, começamos a articular um movimento capaz de ultrapassar nossa última fronteira ética e, assim, reconhecer em plenitude os direitos dos animais. Ousamos lançar ao solo as sementes de uma nova conciência e juventude, para que no futuro elas frutifiquem em favor de todos os seres vulneráveis que precisam de nossa ajuda. Cada participante deste encontro torna-se, assim por dizer, um semeador.

Sabemos que o caminho para a libertação animal não está nos discursos na ONU, nem nos tratados ou convenções internacionais, nem nas leis positivas que traduzem – clara ou dissimuladamente – intenções humanas egoístas. Depende, sim, de mudanças interiores. Isso explica porque a Ética e a Moral , como atividades de reflexão, precisam estar sempre acima do Direito. E o Direito não deve ser considerado como mero instrumento de controle social, que garante interesses particulares e divide bens, mas um caminho para a retidão, para a virtude, para a solidariedade, para a paz. Sem o reconhecimento dos direitos animais, a justiça torna-se injusta.

Amigos do futuro, nestes tempos de perplexidade e de indiferença pela vida, faço questão de ressaltar que há dissidentes no sistema, pessoas que ousaram desafiar o modus vivendi, que ainda têm a capacidade de acreditar em mudanças e que, dia após dia, lutam por elas. Podemos dizer que, em meio a este tempo de incertezas, ainda há quem expresse seu inconformismo em face à barbárie institucionalizada perante a qual a maioria das pessoas permanece cega, surda e muda.

Por isso quero deixar registrado, nesta carta, a alegria de conhecer gente que ainda tem a capacidade de se indignar. Este auditório, repleto de idealistas, vegetarianos, veganos e ativistas, é a maior prova disso. Todos os participantes deste célebre encontro tornam-se fundamentais no atual momento político. Que no futuro, não muito distante, sejam colhidos os frutos desse trabalho. George Guimarães, ativista pelos direitos animais e organizador do 1º ENDA, é uma dessas pessoas. Porque sua luta é toda ela empenhada à causa dos animais, uma causa digna, uma causa justa, uma causa que talvez represente a última das utopias pelas quais se vale a pena viver.

Provavelmente todos o que se reuniram aqui, nestes dias frios e chuvosos, têm um ideal comum: decretar o fim da exploração dos animais. Inconfidentes contemporâneos, não apenas inconfidentes mineiros, mas inconfidentes paulistas, baianos, catarinenses, cariocas, goianos, paranaenses, cearenses, gaúchos, capixabas, enfim, representantes de todo o país em busca de tempos melhores para os animais.

Por isso ora reafirmamos, ao presente e ao futuro, o nosso ideal de buscar mudanças, mudanças tão necessárias quanto urgentes, na esperança de que todos possam um dia viver em paz, compartilhando um mundo menos cruel e menos injusto.

Como mensagem de despedida aos nossos pósteros, evoco uma frase do grande militante revolucionário do século XX, um homem que percorreu a América com seu sonho de liberdade e que, a exemplo de outros grandes mártires do nosso tempo, perdeu a vida em prol de seus ideais.

Seu nome é Ernesto Che Guevara: "Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros".



Porangaba, 04 de maio de 2008.


Laerte Levai"

Palestra proferida pelo promotor de justiça Laerte Levai durante o Encontro Nacional de Direitos Animais (ENDA), em Porangaba, São Paulo, em 4 de maio de 2008 (leia mais em: www.veddas.org.br/enda ).

segunda-feira, 26 de maio de 2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Entenda a diferença entre o abolicionismo da escravidão animal e o bem-estarismo

Esta mensagem foi escrita para o prezado Eduardo Hegenberg, na lista abolicionistas, mas pode ser para você também, caro leitor.

A diferença entre os abolicionistas e os bem-estaristas está neste ponto:

- Os abolicionistas acham que não é correto usar animais como escravos para o que bem entendermos e desrespeitá-los em sua individualidade e interesses; a idéia principal é que animais não são objetos, mercadorias ou propriedades.
- Os bem-estaristas acham que é correto usar animais como escravos, mas para eles durarem mais; e para sua exploração ser mais eficiente, é preciso ter certos cuidados, assim como você precisa fazer manutenção no seu carro de vez em quando.

É entre estas idéias que você precisa se decidir. É como diz Tom Regan: "Não queremos jaulas maiores, queremos jaulas vazias."

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Mas compreendo o que você quer dizer sobre união e isolamento. Eu também já tive esta intenção de que as frentes se unissem, até que pude compreender melhor a falha nesta estratégia. Se abolicionistas aceitam apoiar bem-estaristas, o que vai acontecer? Vão dar a entender que aceitam que animais, se menos mal-tratados, sejam usados como escravos. E não queremos passar esta mensagem de maneira alguma.

Há também o grande problema do tempo, que é precioso e LIMITADO para cada um de nós. Se você tem, em um dia, digamos, 1 hora para agir em defesa dos animais, em que você vai investir? Vai procurar difundir a idéia de que animais deveriam ser menos maltratados ou vai procurar difundir a idéia de que animais não devem ser escravos dos humanos? Ou pode ainda dividir seu tempo, claro. Mas a força da sua mensagem vai também se dispersar.

Outra coisa: não é significativa a redução de "maus tratos" para que isto um esforço válido. Vamos comparar com um escravo humano, há um ou dois séculos. Será que vale a pena ficarmos insistindo em que o senhor dele lhe dê, ao invés de 20 chibatadas, 15 ou 10 chibatadas por dia para trabalhar? Ou é melhor insistirmos que lhe seja concedida liberdade?

É claro que, uma vez que um capanga tenha decidido por espancar ou violar uma mulher, eu vou dizer que o que este capanga está fazendo é errado, mesmo que ele tenha espancado ou a violado apenas uma vez ou várias. Simplesmente ele estará repetindo a coisa errada se fizer de novo. Assim como no caso das chibatadas no escravo, ou estupros em uma vaca, ou aprisionamento de um animal, ou sua escravidão para produzir algum trabalho forçado. É isso que deve ficar claro.

Se uma empresa adotar medidas bem-estaristas, provavelmente ela está fazendo isso para poder aumentar a sua lucratividade. E esta estratégia quem deve aplaudir são os executivos. Não nós. Ela com isso vai ter suas propriedades escravas durando mais e sendo mais produtivas; e terá algum motivo até para aumentar o preço final de seus produtos.

Assim, se os bem-estaristas querem aplaudir estes "avanços", fiquem à vontade. Mas acho melhor dedicar meu tempo para outra coisa.

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Concordo contigo de que também seja necessário pensar em reservas para abrigar os animais livres. Mas algum abolicionista disse que discorda disto? Isto é mais para longo prazo. Simplesmente, antes de pensar em reservas, é preciso convencer as pessoas de que os animais merecem respeito.

Agora, se você fosse um bicho, humano ou não humano, você não iria preferir nada se você não existisse, isto é algo que eu já disse antes. Não é uma idéia razoável? Lembre-se da idéia-chave de Descartes: "Cogito, ergo sum." => "Penso, logo existo." E o contrário também vale: se você não existe, você não tem como pensar.

Mas, uma vez que existimos, com certeza devemos ter o direito de desfrutar de liberdade, integridade física, etc. E é por esta idéia que os abolicionistas lutam. Pelos que já existem e pelos que vão existir.

Quanto aos humanos trabalhadores, você falou bem quando especificou "guardadas as devidas proporções". Mas, para ser mais correto, não dá pra falar em "proporções", quando se compara a situação dos trabalhadores humanos com os outros animais. Pois os outros animais são nossos escravos o tempo todo; nós não somos escravos. Por mais que tenhamos dificuldades no trabalho, e possamos ficar cansados, temos a liberdade de buscar educação, melhorar nossas possibilidades, e mudar de trabalho, inclusive para um com o qual temos mais afinidade; e com o dinheiro de nosso trabalho, temos a liberdade de obter coisas para satisfazer nossos interesses e dos outros.

Para finalizar: não sei de onde você tirou que as vacas vivem essa vida idílica que você mencionou...

Abs,
Maurício Kanno

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Presenciei um assassinato hoje


Hoje, no caminho para o trabalho, ouvi gritos de uma mulher, e uma movimentação de uns homens, um deles com um grande pedaço de madeira na mão. Então apareceu, correndo e desesperado, um pequeno que foi perseguido e chutado pelos sádicos e divertidos marmanjões, provavelmente se achando heróis. Com um chute, foi parar em meio aos veículos na rua; bateu numa moto e também ficou atropelado por carros que passavam.
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Era um rato, um dos seres que o ser humano mais despreza. Foi a primeira vez que pude ver um deles, ainda mais tão de perto. Seus olhos e suas atitudes assemelhavam-se a qualquer cãozinho fugindo, e também a qualquer criança humana fugindo, fragilizada.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Acolhemos os animais que já existem, mas não queremos novos dependentes

Esta é uma resposta que fiz para um colega de lista "abolicionistas", baseado em estudos com Cláudio Godoy no Grupo de Estudos de Direitos Animais e textos de Gary Francione.

"prezado,

todos defendemos a vida dos animais que já existem; o que nao se deve defender é que apareçam novos animais em uma situação dependente e escravizada. estes hipotéticos futuros novos escravizados nao podem ter opiniao a respeito, já que eles nao existem ainda.

a vaca é um exemplo de animal que o ser humano fez eugenia: selecionando artificialmente os melhores espécimes para sua necessidade específica. assim como certos grupos político-militares podem fazer com seres humanos: matar alguns e deixar viver outros que lhe sejam de interesse. havia ancestrais da vaca e boi que viviam muito bem adaptados à vida selvagem.

resumindo: a domesticação (dependência e escravismo) é um problema criado pelo ser humano, e os seres humanos devem resolver esse problema, acolhendo os animais que já existem, mas impedindo que novos apareçam.

grande abraço,
maurício kanno"
[Leia mais em http://www.gato-negro.org/content/view/27/48/ ]

===========Escrevi em resposta ao seguinte:

"Gostaria de saber como o abolicionista costuma
se posicionar frente ao seguinte problema:

"O abolicionista, quando defende o direito do animal
de não ser abatido (de viver) em nome da não-exploração,
na prática cria uma situação que fere o seu próprio princípio:
Se não há abate, não há recurso para manter o animal. Logo
não há vida.
Exploração é um conceito humano. Vaca e frango são animais
domesticados há milênios, possivelmente geneticamente menos
preparados para uma vida "selvagem". Se o animal pudesse
saber que existem pessoas -- os abolicionistas, em oposição aos
bem-estaristas -- que decidiram por ele a preferência de não existir a
viver uma vida de bem-estar (no entanto "explorada"), será que
ele concordaria com eles?"

[]s
Edu" [Eduardo Hegenberg]

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Presidente indiana chega ao Brasil neste sábado

Vejam só que mulheres... Depois de Michelle Bachelet no Chile, Cristina Kirchner na Argentina, temos ainda Pratibha Patil, na Índia... que vem visitar o Brasil em primeiro lugar dentre todos os outros países!

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da France Presse, em Nova Delhi (publicado na Folha Online)

A presidente da Índia, Pratibha Patil, visitará o Brasil a partir deste sábado para reforçar as relações entre os dois países, anunciou o ministério das Relações Exteriores indiano.

A viagem também levará a presidente indiana ao Chile e ao México, que ao lado do Brasil são os três sócios mais importantes da Índia na região, segundo Nalin Surie, alto funcionário da chancelaria.

"Apesar das distâncias geográficas, a interação entre Índia e estes países está crescendo muito rápido", explicou à imprensa.

O Brasil é o maior sócio comercial da Índia na América Latina.

O comércio bilateral superou três bilhões de dólares e a meta é chegar a 10 bilhões em 2010, segundo anunciou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma visita a Nova Delhi em junho do ano passado.

Brasil e Índia também são parceiros em outras áreas, como nas reuniões da Organização Mundial do Comércio (OMC), dentro do G8 e na ONU, lembrou Surie.

Esta será a primeira visita ao exterior da presidente Patil desde que foi eleita em julho. Ela será acompanhada por muitos empresários indianos.

Depois do Brasil, Patil visitará México e Chile, nesta ordem.

"Esperamos assinar pelo menos dois acordos em cada país" concluiu Surie.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

"Palavras de amor", um antigo poema-diálogo-sátira

-Oh! É a virgem do mar!

-Que nada. É uma mina muito gostosa!

-Ah! Mas vê que sorriso angelical!

Que aura resplandescente a cerca!

-Ih, cara. Tô de olho nessas teta boa... Olha só esse corpão! Até imagino...

-Imagino a natureza coroá-la

Com uma miríade de florezinhas,

Soltas por umas graciosas pombinhas...

Bela, apenas espera alguém amá-la...

-Amar? Putz, fazer amor com essa mina é o que eu mais quero! Olha ela sentando naquele banco: que jeitinho sexy! Maluco, tá me dando um tesão...

-Mas é um anjinho que caiu do céu!

Sente os eflúvios divinos que exala!

Santa corrente que me deixa ao léu,

E em instantes cortará a minha fala...

-Isso, fica quieto um pouco. Tá sonhando muito. Olha o que é real, cara! Abre o olho! Olha pra essas pernas! Que coxas! Ainda bem que é verão, pra ela tá de shortinho...

-...

-Cara, o legal é que além de ter esse corpo escultural, a mina é bem bonitinha... E olha só: tá até com Ipod... Opa, parece que essa aí vai dar lucro!

-Oh! A alma dela põe-me a delirar!

Está fazendo minha alma flutuar...

Enchendo-me de uma nobre emoção...

Sim! Percebo a invasão da paixão!

-Rá! O que eu sinto...é muito tesão! Essa mina tá me deixando excitado. Mas...ih, meu! Gostou mesmo dela, heim?

-Ela me instila a energia tão viva!

Meu coração bate descompassado

Perante virgem tão pura e inocente!

Já criou-se um vínculo de amor dourado

Entre esta criatura inconsciente

E aquele anjo ditoso que me aviva!

-É. Ô rapaz, chega junto!

-Ah, gentil, companheiro, é impossível!

Minha musa é uma deusa soberana...

Desprezará este servo que a abana

Com a pluma do amor tão sensível...

-Ah, tá com medo de levar um fora? Eu já levei um monte! Mas não aceitei nenhum. O rapaz aqui escolheu, não tem perdão!

-...

-E olha lá! As amigas dela tão saindo da mesa! Agora ficou até mais fácil. Se quiser eu agito, heim?

-Este ser ignaro é destinado

A cair na tumba, só e enfadado...

Não é digno daquela formosa

Feminil, tão galante e venturosa...

-Tá bom. Eu é que não perco tempo, então! Essa gracinha tá no papo! Falou, cara!

-Adeus e boa sorte, meu amigo.

Que tu saibas deixá-la bem feliz

Como eu – que triste – nunca saberei...



-Queria entregar meu reino se fosse rei,

Donzela, tudo o que na vida fiz!

Pois tua lembrança será meu abrigo.

Todavia, isso a mim é proibido,

A minha presença incomodaria...

Quero ao menos teu nome tão querido

Conhecer e guardar como relíquia...



-E aí, cara? Tá suspirando ainda?

-Voltaste? Mas que rapidez usaste!

E que ar estranho de decepção!

-É, não era bem o que eu pensava.

-Ah, mas ao menos dizei-me o nome

Desta moça por quem suspiro tanto!

-Bem, ele se chama Luís Felipe.

Maurício Kanno, 1/7/99 (com detalhes adaptados em 1/3/2006)

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Mais: http://kanno.com.br/arte/contospoemas.html

(não sei mais por qto tempo esse site estará disponível... preciso dar um jeito no provedor e domínio)

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Sobre a "glamourosa" profissão de Jornalismo e outras opções pessoais de carreira

A profissão de Jornalismo é mesmo muito difícil, especialmente em termos financeiros versus dedicação. Mas a realização de ter a experiência de conhecer pessoas e situações diferentes; fazer uma entrevista, uma apuração instigante, escrever, fotografar, editar, e/ou falar e gravar e ver tudo isso publicado também é muito grande. Não é sempre que acontece do jeitinho que a gente queria, mas mesmo assim tudo isso é muito bom, deixa muito feliz.

E apesar de nem sempre ser possível, durante seu trabalho, difundir idéias para uma sociedade melhor, de vez em quando é sim, e isso já é ótimo: novamente, atrai felicidade. E ao mesmo tempo em que se faz isso se consegue ganhar algum dinheiro. Não acho interessante realizar alguma atividade de longo prazo se for exclusivamente para minha sobrevivência financeira.

Possibilidades do passado e do futuro

Mesmo após formado, se eu pudesse voltar no tempo, eu não concluiria meu curso de Engenharia interrompido, nem faria Administração ou Direito, carreiras tipicamente que enriquecem mais. Especialmente não gostaria de trabalhar diretamente com indústrias ou capital, como com bancos e Economia. Sim, talvez isso pareça meio ingênuo de minha parte, mas não é o que gostaria para mim.

Quem sabe Medicina (o máximo que eu poderia chegar em termos de carreira que poderia enriquecer mais ainda assim pouco provável para mim), Biologia ou Gestão Ambiental (apesar de que antigamente não tinha interesse algum pelas carreiras de Biológicas). É possível que eu faça uma graduação ou pós nessas áreas ainda. Ou ainda quem sabe em Filosofia (que também já comecei antes), Sociologia ou Educação.

Outra opção era ter buscado me dedicar mais cedo para Artes, e ter tentado uma faculdade na área também. Mas aí teria que voltar mais no tempo ainda. Estou tentando pós-graduação nesta área agora.

É claro que minha situação financeira não é nem um pouco boa, mas eu me viro. Posso dizer que, apesar disso, estou satisfeito e feliz, sim. Ainda mais se eu puder continuar viajando para o exterior e para mais partes do Brasil, conhecendo mais pessoas diferentes, difundindo mais idéias pacíficas para uma sociedade melhor, e continuar a exercer atividades típicas e diversificadas de minha profissão.

[Idéia de post tirada da lista cje_eca@yahoogrupos.com.br, departamento da faculdade em que me formei, no tópico "Para você que estiver começando no jornalismo...", com um total de 45 e-mails, praticamente sempre com idéias de desânimo e sugestões de desistência do curso e da profissão.]

terça-feira, 1 de abril de 2008

2a resposta ao biólogo sobre direitos animais

2a resposta ao pesquisador de Biologia Beny Spira, em http://stoa.usp.br/benys/weblog/18926.html.

1) está me parecendo que vc acredita que todas as assim chamadas ciências sociais e humanas não podem ser consideradas "ciências". é isso mesmo?

é curioso, vc insiste em separar "ética" de "ciência". e jogar "ética" junto de "crença", "religião" e "sentimentalismo". como se uma Ética séria não se valesse de diversas normas para fundamentá-la, dentro da Filosofia.

é exatamente contra esse imaginário que estou discutindo aqui. será q vc acha mesmo q os filósofos da USP e de outras universidades pelo mundo que estudam Ética são então nada mais que dogmáticos, religiosos e sentimentais, nem um pouco racionais?

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2) outra coisa, discordo de vc quando diz que a ciencia é essencialmente amoral. assim como tb discordo de se falar em um jornalismo essencialmente imparcial (isso é consenso na faculdade de Jornalismo).

ciencia e jornalismo nao sao amorais, porque o ser humano nao é amoral. e ciencia e jornalismo nao existem sem o ser humano agindo. tudo isso serve a determinados interesses, particulares ou coletivos. assim, a importância das ciências humanas e filosóficas está em verificar que interesses são esses, e se eles são ou não bem fundamentados, etc.

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3) concordo sinceramente contigo, podemos começar juntos agora mesmo uma campanha anti-natalidade, assim como existe na China. a hiper-população humana é um desastre, tanto para a coletividade quanto para as milhares de crianças sem condições de vida digna. podemos trabalhar juntos neste ponto.

mas veja os dados da parte inicial do vídeo A Carne é Fraca, a quantidade de bois e porcos, por exemplo, tb é exorbitante. aliás, vc está correto qto ao gás metano, este é um dos argumentos para o vegetarianismo.

concordo contigo que fatores ambientais implicam apenas em um quase total vegetarianismo (que se reduza bastante o consumo de carne; assim como se deveria reciclar praticamente todo nosso lixo, ou todo que fosse possível), não um vegetarianismo total necessariamente. de todo modo, se a população realmente tivesse esta mudança de atitude ao reduzir o consumo de carne ao máximo (digamos umas vezes por semana ou por mês, ao contrário de como é de praxe, que é consumir sempre) já seria excelente, por diversos motivos.

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4) qto aos animais de estimação (ou "pets"), uma idéia interessante é que sejam acolhidos os que já vivem, mas também deve ser desestimulada sua natalidade. é praticamente consenso entre os protetores de animais que haja campanhas de castração de cães e gatos. e que eles nunca sejam vendidos, mas doados quando necessário. (a propósito, este ponto foi discutido na reunião do grupo de estudos de direitos animais que eu coordeno, este sábado, no CCSP)

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5) A respeito das diferenças entre animais e vegetais, obrigado por sua informação sobre nova classificação de reinos, desconhecia. mas ainda assim as diferenças entre eles parecem bem relevantes em termos éticos. A este respeito cumpre indicar 3 textos já escritos, disponíveis em meu outro blog, caso tenha interesse. Eu apreciaria muito se vc, quando puder, fizesse uma crítica a eles (repare que o melhor não é o primeiro, que é meu, mas sim o do professor Gary Francione, que está mais abaixo; e em segundo lugar o da Simone Nardi):

http://mauricio-kanno.blogspot.com/search/label/direitos%20das%20plantas

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6) ah, desculpe, faltou justificar um aspecto sobre

Você está preocupado com o fato de que muitos animais devam ser criados para satisfazer as necessidades humanas e que isto leva a um maior cultivo de vegetais. Certo? Mas não entendi onde está o problema.

falei isto apenas porque vc não está atribuindo valor ético à consciência, senciência, capacidade de sentir e ter interesses, psicologia, que é o critério moral (considerado relevante) dos defensores dos direitos animais, que diferenciaria os animais dos vegetais.

considerando a hipótese de você, assim como eu antigamente, dar um valor à "vida" simplesmente, independente de ser senciente ou não, aquele argumento ecológico serve também a favor do vegetarianismo, pois mostra que se sacrificam mais vidas, sejam elas sencientes ou não, quando as pessoas não são vegetarianas.

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qto ao ponto 2, apenas retifico: me referi à "ciência e ao jornalismo" "aplicados", não "puros" e "ideais", como se isso existisse. é como aquela história do elétron e do observador... foi apenas uma reflexão a mais, mais ampla, por outro ponto de vista.

qto a considerar esta ciência "per se", "pura" e "ideal", não aplicada, há que considerar somente meu ponto 1.

Grande abraço, é um prazer debater contigo.