segunda-feira, 31 de março de 2008

Guaratinguetá se classifica para semi-finais!

Eba! Guará garante estréia nas semi-finais do Campeonato Paulista de Futebol!

Da Folha Online:

O Guaratinguetá soube aproveitar o fator casa, venceu o Sertãozinho por 2 a 0, neste domingo, se manteve líder do Campeonato Paulista e assegurou vaga nas semifinais.

O time do Vale do Paraíba, que iniciou a rodada na ponta, agora chega aos 37 pontos, mesmo número que o Palmeiras --mas o Guaratinguetá leva vantagem nos critérios de desempate. Os dois times são os únicos assegurados nas semifinais.

O Sertãozinho, com a derrota, permanece com 15 pontos e na penúltima colocação do Paulista. Os gols da partida de hoje foram marcados por Michael e Dinei.

Na próxima rodada, o Guaratinguetá enfrenta o Ituano, fora, enquanto o Sertãozinho recebe a Portuguesa.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u387273.shtml

quinta-feira, 27 de março de 2008

5a reunião do Grupo de Estudos de Direitos Animais este sábado, no CCSP

Convidamos para a reunião deste sábado, 29 de março de 2008, 15 horas.

Local: Centro Cultural SP, próximo ao Metrô Vergueiro, em uma mesa de estudos no corredor entre a biblioteca e a lanchonete. Qualquer dúvida, procurar cartazes/folhetos/pessoas com camisetas relacionadas aos direitos animais e/ou ligar para (11) 9564-4568. Tomar como referência as fotos 1, 2 e 3 (clique nos links).

1a hora: Texto do filósofo Gary Francione "Direitos animais e não-humanos domesticados", com a apresentação do tradutor Cláudio Godoy. Texto disponível em português no site do Gato Negro: http://www.gato-negro.org/content/view/27/48/

2a hora: Artur Matuck, professor de Comunicações e Artes da USP, apresentará seu artigo "Direitos dos animais: uma evolução possível para os seres humanos".

3a hora: Discussão de ações acadêmicas/educativas (opcional para interessados).

Mediação: Leonel Carvalho, professor de Farmácia da UBC
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O Grupo de Estudos de Direitos Animais (GEDA) tem o objetivo principal de fomentar a formação e debate mensais dos interessados em direitos animais, com estudos baseados em artigos e livros em cada reunião, além de também planejar ações acadêmicas e educativas.

Mais detalhes, leia em: http://groups.google.com/group/geda-sp/web/programao

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Contamos com sua presença!

Grande abraço,
Maurício Kanno
http://groups.google.com/group/geda-sp/
(11) 9564-4568

Respostas sobre direitos animais e vegetarianismo a um pesquisador de Biologia

Estas são respostas que dei ao pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP Beny Spira, em seu blog na rede Stoa da USP. Mas é claro que também podem ser interessantes para outros que tenham suas dúvidas quanto aos temas tratados.

1) Ciência: Eu só decidi me tornar vegetariano a princípio quando me dei conta de que muitos vegetais precisam ser sacrificados para a criação e abate de um único animal para a alimentação humana. Este foi o gatilho inicial, acho (sem saber nada sobre "direitos animais"). E isto é plenamente científico, a gente estuda até no cursinho em Ecologia, em cadeia alimentar.

Se você não faz muita distinção entre os animais que não são humanos e os vegetais, apesar de serem de reinos distintos, como eu também não fazia diferença na época... talvez aceite melhor este argumento ecológico, assim como eu tinha aceitado melhor.

Quanto às questões éticas em si, se deseja desqualificar uma teoria ética de direitos animais como as dos filósofos Tom Regan e Gary Francione como não científica, então você precisa justificar-se dentro das regras do campo da Filosofia Ética. Ela não é uma "ciência dura" como a Física e a Biologia, mas segue algumas normas, tais como:

-Não cometer falácias (erros de construção lógica em argumentações),
-Princípio da não-contradição,
-Princípio da universalizabilidade (todo debatedor que atribui valor moral ou obrigações éticas a um caso tem que estar disposto a afirmar o mesmo para todos os casos que se assemelhem ao caso dado nos aspectos relevantes,
-Princípio de generalização (quem se propõe a tratar um indivíduo A diferentemente de um indivíduo B é obrigado a dar uma justificativa para isso, ou determinar a diferença moralmente relevante entre A e B).

2) Em termos de nutrição, o que me basta defender aqui é que é possível ter uma vida saudável sendo vegetariano, e eu e diversos conhecidos são exemplo prático disso. Ainda assim, todo cidadão que opta pela dieta vegetariana como eu, antes de fazer isso e depois, se informa sobre os possíveis problemas que PODE ter (e não certamente ou provavelmente terá), como anemia por carência de ferro, e verifica os alimentos a recorrer com mais frequencia.

Isso faz parte da educação nutricional que todo cidadão deve ter, de acordo com suas opções alimentares. Tão conscientes estamos disso, que no jornal vegano que ajudei a fundar, o Salva-Vidas, o primeiro texto relacionado à nutrição explica como otimizar o ferro em uma dieta vegetariana.

De todo modo, mesmo o ferro oriundo de fontes vegetais sendo de menor biodisponibilidade a incidência de anemia ferropriva dentre os vegetarianos é SIMILAR à dos onívoros, como você pode consultar nas seguintes referências:

(A) Messina MJ, Messina VL. The Dietitian's Guide to Vegetarian Diets: Issues and Applications. Gaithersburg, MD: Aspen Publishers; 1996.
(B) 31. Larsson CL, Johansson GK. Dietary intake and nutritional status of young vegans and omnivores in Sweden. Am J Clin Nutr. 2002;76:100-106.
(C) Ball MJ, Bartlett MA. Dietary intake and iron status of Australian vegetarian women. Am J Clin Nutr. 1999;70:353-358.

3) Ética do leão: Não é válido fazer comparações entre nossas atitudes e as atitudes de outros animais, como um leão, pois ele de fato não tem opção para sua sobrevivência (se minha única fonte de alimento possível fosse carne, claro que eu também comeria). Além de o leão ser muito mais instintivo que o ser humano (que também é parcialmente instintivo). O ser humano tem opção de agir por decisões não puramente instintivas. Caso contrário, não haveria civilização.

4) Consciência: Na mesma linha de Tarsila, posso responder que me parece que uma vaca (ou um cão ou gato, que não lhes diferem muito e estão muito mais em nosso convívio; ou ainda camundongos, que estiveram no seu convívio de laboratório) tem consciência da mesma maneira que me parece que um outro ser humano tem consciência. Eu não posso ler a mente de nenhum deles, seja humano ou não, mas de acordo com a maneira como este outro indivíduo age, me parece que ele ficou irritado, contente, está com medo, etc.

5) A capacidade intelectual de um indivíduo, como para capacidade de escrever um blog, é relevante para se decidir se ele merece ou não respeito a direitos básicos, como para não ser morto ou usado como mercadoria?

Outros animais têm características que humanos não têm, como respirar debaixo d'água e voar. Mas elas também não são relevantes para decidir se merecem ou não respeito a seus direitos básicos.

terça-feira, 25 de março de 2008

Cláudio Godoy explica direitos básicos dos animais

Prezados,

==Princípio de igualdade de consideração

O reconhecimento da extensão de direitos básicos aos animais não humanos é uma conseqüência lógica da aplicação do princípio fundamental da igualdade de consideração.

O conceito universal de direitos humanos não comporta nenhum tipo de relativismo moral nem admite a menor concessão em nome da tradição, dos costumes e da emoção. Os direitos básicos à vida, à integridade física e à liberdade se aplicam igualmente a todos os seres humanos, independentemente de suas características individuais.

==Exceções

No entanto, a observância destes direitos admite algumas exceções, como no caso em que uma pessoa ameaça violar qualquer um desses direitos e é devidamente impedida de consumar o seu intento pelos meios estritamente necessários, que podem inclusive resultar em sua morte, em ferimentos ou na perda de sua liberdade.

==Direito fundamental de não-instrumento

Na verdade, o direito mais fundamental que possuímos e que não admite nenhuma exceção é o de não sermos usados instrumentalmente sem o nosso devido consentimento para satisfazer às necessidades alheias, mesmo se em alguns casos estas necessidades forem legítimas e se muitas pessoas se beneficiarem com o nosso uso instrumental. É por esta razão que a escravidão, o estupro, a pedofilia, a doação de órgãos não consentida e a vivissecção estão entre o que há de mais odioso.

E por que este direito básico se aplica a todos os seres humanos, sem nenhuma exceção? De acordo com o atual paradigma antropocentrista, este direito se aplicaria exclusivamente aos animais humanos devido ao fato de que somos os únicos a possuir agência moral, ou seja, podemos conceber, compreender e aplicar conceitos abstratos como os de direito e de justiça e somos plenamente responsáveis pelas conseqüências de nossos atos.

==Casos marginais humanos

No entanto, muitos seres humanos não são agentes morais, e nem por isso são menos merecedores do direito de não serem tratados como recursos pelos outros. Em alguns casos, a ausência de agência moral é temporária, como no caso de bebês e dos comatosos, mas existem vários exemplos de seres humanos que carecem permanentemente deste atributo.

Para justificar o motivo pelo qual estes chamados casos marginais também teriam os mesmos direitos básicos que os seres humanos normais, costuma-se recorrer a um sofisma artificioso denominado argumento da normalidade da espécie. De acordo com este argumento, os casos marginais entre os seres humanos teriam direitos básicos porque pertenceriam a uma espécie cujos membros normalmente são agentes morais. Na verdade, o argumento da normalidade da espécie nada mais é do que um nome pomposo para discriminação, pois trata os indivíduos de acordo com o grupo ao qual eles pertencem ao invés de tratá-los de acordo com as suas características individuais.

E podemos aplicar este mesmo argumento tanto para o bem como para o mal. Com certeza, todos nós somos favoráveis a instalações para deficientes físicos em locais públicos, mas de acordo com o argumento da normalidade da espécie, estas instalações deveriam ser abolidas, pois normalmente os seres humanos são capazes de andar sem ajuda. Também seria um absurdo considerar penalmente imputáveis doentes mentais que cometeram algum crime, mas de acordo com o princípio da normalidade da espécie, eles deveriam ser julgados como se tivessem plena posse da razão, pois normalmente os seres humanos são plenamente responsáveis pelos seus atos.

Na verdade, o chamado argumento dos casos marginais por mim utilizado anteriormente é irrelevante para se determinar a razão pela qual todos os seres humanos possuem direitos básicos, pois mesmo se todos os seres humanos fossem agentes morais, não seria esta a razão pela qual eles teriam estes direitos.

== Interesses próprios de cada um

Temos o direito à vida, à integridade física e à liberdade pela simples razão de que temos o interesse em continuarmos a viver, em não sermos feridos e em não sermos mantidos em cativeiro, mesmo se alguns de nós fossem momentânea ou permanentemente incapazes de conceber os conceitos abstratos de “vida”, “integridade física” e “liberdade”.

E de acordo com o princípio da igualdade de consideração, fundamental no combate ao racismo e à discriminação sexual, estes direitos básicos não poderiam ser negados a nenhum ser humano e a nenhuma outra criatura capaz de ter os mesmos interesses, exceto em um contexto de legítima defesa. Do mesmo modo que os racistas e os machistas discriminam com base em características biológicas em questões onde estas características são completamente irrelevantes para defender privilégios inaceitáveis, o mesmo fazem os especistas ao desdenhar dos interesses básicos dos animais não humanos

== Tradição de relação entre o humano e os outros animais

O atual paradigma que rege as relações entre os seres humanos e os outros animais se baseia em uma construção social que deixou de ter qualquer respaldo científico desde a publicação da Origem das Espécies. Sua premissa fundamental é a da superioridade dos seres humanos sobre todos os outros animais.

É claro que o termo “superioridade” pode ser empregado em um sentido mais específico, quando diz respeito a uma maior complexidade morfológica, habilidade, capacidade de empatia ou a um grau de adaptação a um determinado ambiente. Mas não existe superioridade alguma no sentido lato e todas as afirmações em contrário não pertencem à esfera científica. Fundamentalmente, esta “superioridade” se baseia no nosso poderio esmagador sobre todas as outras espécies. Mas o poder nem sempre caminha de mãos dadas com aquilo que é justo.

== Autodefesa e autonomia

As nossas obrigações morais para com os outros animais são de ordem eminentemente negativa, ou seja, não deveríamos tratá-los como recursos à nossa disposição. Isso não significa abrir mão do nosso direito de existir como espécie. Ao exercer legitimamente o nosso direito à autodefesa, podemos matar tanto gafanhotos, mosquitos e leões quanto outros seres humanos. Neste caso, não os estaríamos tratando como recursos à nossa disposição, mas simplesmente nos defendendo.

O que é bem diferente da utilização de ratos para a cura do câncer em humanos, pois estes ratos não são os agentes causadores desta doença. O seu único “crime” é o de pertencer a uma espécie diferente, considerada “inferior” e descartável. Mas se estes ratos estivessem atacando as nossas lavouras, seria perfeitamente legítimo nos defendermos, procurando fazer isso do modo mais humanitário possível.

Atualmente, podemos viver perfeitamente sem consumir qualquer produto de origem animal e a abolição destes produtos também resultaria em benefícios adicionais à nossa saúde e à preservação do planeta. E mesmo se pudéssemos auferir imensos benefícios com o uso de animais não humanos em experimentos biomédicos, devemos ter em mente que já abrimos mão de benefícios ainda maiores por razões exclusivamente morais (que seriam advindos da vivisseção humana, muito mais eficiente em termos estritamente científicos), sem contar que o seu uso seria contrário à aplicação do princípio da igualdade de consideração, pois as outras espécies sencientes também são capazes de desfrutar da vida e de sofrer.

Até mesmo em casos de extrema necessidade, como é o das pessoas que estão prestes a morrer na fila de espera dos transplantes de órgãos, jamais passaria pela nossa cabeça matar uma pessoa órfã com deficiência mental profunda para doar os seus órgãos a outra pessoa cuja vida supostamente teria “muito mais significado”.

== Bem estar e direitos animais

Para finalizar, gostaria de desfazer um equívoco muito comum entre aqueles que não estão familiarizados com o conceito de direito dos animais. O chamado movimento para o bem estar dos animais não questiona o uso instrumental de animais não humanos pelos seres humanos e se preocupa exclusivamente em minimizar o sofrimento destes últimos decorrente deste uso não apenas por se preocupar com o seu interesse em não sofrer, mas também para tornar sua exploração mais eficiente.

Seria mais ou menos o equivalente a um movimento do século XIX que procurasse tornar a escravidão mais “humanitária” sem questionar a essência fundamentalmente imoral desta instituição. Ou a um movimento de vivisseccionistas nazistas favorável ao emprego de anestesia em suas experiências com deficientes mentais. Já o movimento dos direitos dos animais pretende abolir completamente qualquer uso instrumental de animais não humanos por seres humanos do mesmo modo que o uso de humanos foi totalmente abolido em observância ao princípio da igualdade de consideração, independentemente do tratamento ao qual os animais são submetidos.

== Bases racionais, além das emotivas

Infelizmente, boa parcela das pessoas que corretamente se horroriza com a vivissecção ignora completamente as bases racionais do movimento abolicionista, age à base da mais pura emoção, o que não ajuda em nada à nossa causa. Mas, em essência, a sua atitude não deixa de ser louvável, pois é sinal de que o seu núcleo de empatia não foi completamente obscurecido pelo condicionamento cultural e por racionalizações sofismáticas.

Atenciosamente,

Cláudio Godoy
[Texto adaptado e republicado com subtítulos por mim, publicado originalmente como comentário em post no meu blog Stoa da USP: http://stoa.usp.br/mauriciokanno/weblog/17978.html.1 ]

10 razões pelos defensores dos direitos animais

Esta lista de pontos foi repassada por Simone Nardi, atribuindo-se a autoria ao filósofo Tom Regan, professor emérito da Universidade de Carolina do Norte. A cada ponto é inserido uma citação atribuída a uma outra personalidade. Útil para uma idéia geral dos pontos dos defensores dos direitos animais.

1. A filosofia dos direitos dos animais é racional

Explicação: Não é racional discriminar de forma arbitrária. E discriminar contra animais não humanos é arbitrário. É errado tratar os seres humanos mais fracos, especialmente aqueles a quem falta a inteligência humana normal, como "ferramentas" ou "fontes renováveis" ou "modelos para testes" ou "mercadorias". Não pode ser correto, por conseguinte, tratar outros animais como se eles fossem "ferramentas", "modelos" ou algo semelhante, se a sua psicologia é tão rica (ou mais rica) do que a destes humanos. Pensar de outro modo é irracional.

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"Descrever os animais como um sistema psicológico e químico de extrema complexidade é sem dúvida perfeitamente correto, exceto que ignora a 'essência' do animal" - E.F. Schumacher


2. A filosofia dos direitos dos animais é científica

Explicação: A filosofia dos direitos dos animais respeita a nossa melhor ciência em geral e a biologia evolucionária em particular. A última ensina que, nas palavras de Darwin, os humanos diferem de muitos outros mamíferos em "grau", não em "natureza". Quanto aos animais usados em laboratórios, é óbvio que, criados para alimentação, e caçados por prazer ou apanhados em armadilhas pelo lucro, por exemplo, são o nosso parente psicológico. Isto não é nenhuma fantasia, é um fato, provado pela nossa melhor ciência.

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"Não existe nenhuma diferença fundamental entre os humanos e os mamíferos superiores nas suas capacidades mentais" - Charles Darwin


3. A filosofia dos direitos dos animais não é preconceituosa

Explicação: Racistas são pessoas que pensam que os membros da sua raça são superiores aos membros de outras raças simplesmente porque os primeiros pertencem à sua raça (a "superior"). Sexistas acreditam que os membros do seu sexo são superiores aos membros do sexo oposto simplesmente porque os primeiros pertencem ao seu sexo (o "superior"). Tanto o racismo como o sexismo são paradigmas de preconceitos insustentáveis. Não existe nenhuma raça ou sexo "superior" ou "inferior". As diferenças raciais e sexuais são diferenças biológicas e não morais.

O mesmo é verdade para o especismo - a visão de que os membros da espécie Homo Sapiens são superiores aos membros de todas as outras espécies apenas porque os seres humanos pertencem à nossa própria espécie (a "superior"). Pois não existe nenhuma espécie superior. Pensar de outro modo é ser não menos preconceituoso do que os sexistas ou os racistas.

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"Se consegues justificar a matança para comer carne, consegues justificar as condições de vida nos guetos. Eu não consigo justificar nenhuma das coisas." - Dick Gregory


4. A filosofia dos direitos dos animais é justa

Explicação: A justiça é o mais elevado princípio da ética. Não vamos permitir ou cometer injustiças para que algum bem possa daí resultar, não vamos violar os direitos de alguns para que muitos possam beneficiar. A escravidão permitia-o. O trabalho infantil permitia-o. A maioria dos exemplos de injustiça social permitem-no. Mas não a filosofia dos direitos dos animais, cujo mais elevado princípio é o da justiça: Ninguém tem o direito de beneficiar em resultado da violação dos direitos de outro, quer esse "outro" seja um ser humano ou algum outro animal.

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"As razões para uma intervenção da justiça em favor das crianças aplicam-se de forma não menos forte ao caso desses infelizes escravos - os (outros) animais." - John Stuart Mill


5. A filosofia dos direitos dos animais possui compaixão

Explicação: Uma vida humana completa exige sentimentos de empatia e simpatia - numa palavra, compaixão - pelas vítimas de injustiça - quer as vítimas sejam humanos ou outros animais. A filosofia dos direitos dos animais apela à virtude da compaixão, e a sua aceitação soma ao crescimento dessa mesma virtude. Esta filosofia é, nas palavras de Abraham Lincoln, "o caminho de um ser humano completo".


"Compaixão na ação pode ser a gloriosa possibilidade que poderia proteger o nosso planeta superpopulado e poluído." - Victoria Moran


6. A filosofia dos direitos dos animais é generosa

Explicação: A filosofia dos direitos dos animais exige um compromisso para servir aqueles que são fracos e vulneráveis - aqueles que, quer sejam humanos ou outros animais, não têm a capacidade de falar por eles próprios ou de se defenderem, e que se encontram necessitados de proteção contra a ganância e a insensibilidade. Esta filosofia requer este compromisso, não porque seja do nosso melhor interesse fazê-lo, mas porque é correto fazê-lo. Por conseguinte esta filosofia apela à generosidade e o seu acolhimento acarinha o crescimento do serviço altruísta.

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"Nós precisamos de uma filosofia moral na qual o conceito de amor, agora tão raramente mencionado pelos nossos filósofos, possa de novo ser um ponto primordial." - Iris Murdoch


7. A filosofia dos direitos dos animais é realizadora individualmente

Explicação: Todas as grandes tradições em ética, tanto as seculares como as religiosas, dão ênfase à importância de quatro aspectos: conhecimento, justiça, compaixão, e autonomia. A filosofia dos direitos dos animais não é exceção. Esta filosofia ensina que as nossas escolhas devem ser baseadas no conhecimento, devem expressar justiça e compaixão, e devem ser tomadas livremente. Não é fácil atingir estas virtudes, ou controlar a inclinação humana para a ganância e a indiferença. Mas uma vida humana completa é impossível sem elas. A filosofia dos direitos dos animais apela a uma realização pessoal do indivíduo, e a sua aceitação soma ao crescimento dessa mesma realização pessoal.

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"A humanidade não é um preceito externo morto, mas um impulso vivo de dentro; não auto-sacrifício, mas realização pessoal" - Henry Salt


8. A filosofia dos direitos dos animais é socialmente inovadora

Explicação: O maior impedimento para a prosperidade da sociedade humana é a exploração de outros animais às mãos dos humanos. Isto é verdade no caso das dietas prejudiciais à saúde, na confiança que a ciência deposita no "modelo animal", e nas muitas outras formas que a exploração animal toma. E não é menos verdade no ensino e na publicidade, por exemplo, que ajudaram a entorpecer a mente humana para as exigências de razão, imparcialidade, compaixão, e justiça. Sob todas estas formas (e mais), as nações permanecem profundamente retrogradas pois falham na tarefa de servir os verdadeiros interesses dos seus cidadãos.

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"A grandiosidade de uma nação e o seu progresso moral podem ser medidos pela forma como os seus animais são tratados." - Mahatma Gandhi


9. A filosofia dos direitos dos animais é ambientalmente sensata

Explicação: As maiores causas da degradação ambiental, incluindo o efeito de estufa, poluição das águas, a perda de terra arável e terrenos férteis, por exemplo, teêm a sua origem na exploração animal. Este mesmo padrão repete-se ao longo do vasto número de problemas ambientais, desde a chuva ácida e o despejo de lixos tóxicos nos mares, até à poluição do ar e destruição do habitat natural. Em todos estes casos, agir para proteger os animais afetados (que são afinal de contas os primeiros a sofrer e a morrer devido a estes problemas ambientais), é agir para proteger a terra.

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"Até que estabeleçamos uma sentida relação de afinidade entre a nossa própria espécie e aqueles companheiros mortais que compartilham conosco o sol e a sombra da vida neste agonizado planeta, não há qualquer esperança para as outras espécies, não há qualquer esperança para o ambiente, e não há qualquer esperança para nós próprios." - Jon Wynne-Tyson


10. A filosofia dos direitos dos animais é pacifista

Explicação: A exigência fundamental da filosofia dos direitos dos animais é tratar humanos e outros animais com respeito. Fazê-lo requer que não causemos sofrimento a ninguém apenas para que nós próprios ou outros possam beneficiar. É uma filosofia de paz. Mas é uma filosofia que alarga o apelo à paz para além das fronteiras da nossa espécie. Pois existe uma guerra, que se trava todos os dias, contra incontáveis milhões de animais não humanos. Lutar verdadeiramente pela paz é erguer-se firmemente contra o especismo. É uma ilusão acreditar que pode haver "paz na terra" se não conseguimos trazer paz à nosso relação com os outros animais.

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"Se por algum milagre, em toda a nossa luta a terra for poupada ao holocausto nuclear, apenas justiça para todos os seres vivos salvará a humanidade." - Alice Walker

Convocação da Polícia Federal! êta spam bacana!

"AVISO - Você tem um inquérito policial

POLÍCIA FEDERAL

DPF

Caro cidadão,

Foi aberto um inquérito erroneamente em seu nome e contatamos vossa pessoa.
Precisamos que o fato venha a ser resolvido o mais rápido possível, caso não seja resolvido em até 48 horas, será aberto um mandado de prisão. Entre em contato para esclarecermos o fato."

Neste ponto da mensagem tem um belo "Clique aqui para obter informações" com um link para um arquivo terminado em .exe para zoar o seu computador.

"Esperamos contato o mais rápido possível para devidos esclarecimentos.

Superintendente:
DPF Fulano de Tal

Endereço:
XYZ em Brasília, Quadra Tal e Tal,
Telefone XYZZYZZYZ"

(tirei o nome do cara e seus dados, vai que é de verdade? não vou contribuir mais ainda pra espalhar o nome dele em vão... )

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Meu... o pessoal tá fogo com esses e-mails! Fui dar uma olhadinha só nos e-mails que já caíram direto na minha caixa de spam do Gmail... Achei esta pérola...

Ainda bem que temos a equipe Google pra ajudar! E seus usuários, lógico! Lembre-se sempre que eles só conseguem fazer isso com a ajuda de todo mundo clicando em "Reportar spam"... Por isso, não apague os novos spams simplesmente, mas REPORTE SPAM!!!

Vejam estes posts do blog oficial da Google em português:

A culpa é do spam
Como a Google cuida da segurança de suas informações

sábado, 8 de março de 2008

Data para virar vegano! Refletindo sobre respeito, paz e cultura...

Depois de 1 ano bastante esclarecedor, o mais pacífico de toda minha vida, sem me alimentar da morte de outros animais sensíveis...

resolvi marcar a data para me tornar vegano: segundo domingo de abril.

a partir desse dia, nao vou consumir mais nada de origem animal, como leite de vaca ou de outros animais, incluindo seus derivados, como queijo, iogurtes e chocolate com leite, mel, etc....

eu já estava até me sentindo mal por consumir essas coisas, com um peso na consciência; além de já sentir na minha boca uma coisa meio pastosa desagradável...

mas vou chegar lá gradualmente: a partir de hoje já vou consumir apenas 3 dias por semana derivados. passando por 2 dias, e 1 dias por semana. ao menos ovo já não consumo há cerca de um mês e pouco.

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me dei conta de que nao dá pra falar em direitos animais, em animais com direito a nao ser simples objetos, reles propriedades, assim como foram os negros escravos há tempos atrás, sem ser vegano. é claro que isso exige força de vontade para vencer o costume arraigado e capitalista nesta nossa sociedade... que, por meio de uma coisa chamada "cultura", nos faz esquecer do desrespeito a tantos...

nao só animais não humanos são desrespeitados com este nosso olhar para o próprio umbigo. mas também vários outros humanos, pobres, miseráveis, discriminados, rejeitados...

a consciência de libertação animal inclui a da libertação humana. claro, já que os humanos são uma espécie animal. quando as pessoas passam a reconhecer o preconceito orgulhoso de nao respeitar um animal só porque ele nao é da mesma espécie que a sua, de se importar com seu sofrimento e seus interesses, muito mais fácil acaba sendo reconhecer a necessidade de respeito aos da mesma espécie.

mas por que então se preocupar com os outros animais? porque eles passam pela pior falta de respeito que um ser consciente hoje em dia passa.

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saiba mais:

http://www.direitosanimais.org/conteudo/a-pratica-dos-direitos-animais-o-veganismo.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Veganismo

http://www.institutoninarosa.org.br/ali_veganismo.html