sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Desafio Literário 2010: minha lista de livros revisada

Bem, lá vai. Depois de fazer uma pesquisa inicial em busca da retomada de saborear histórias contadas em livros e lançar uma lista provisória, refinei a lista com a ajuda da , e vamos lá, segue a lista atualizada com meus objetivos literários para 2010.


Uma coisa é certa: minha lista, apesar de preservar ainda clássicos, tornou-se mais divertida e prazerosa, eheh. Creditando: esta iniciativa faz parte do Desafio Literário by RG (Romance Gracinha).

[ai, ainda não creio que participo de um desafio com esse nome..., eheh, mas vá lá, é bom conhecer mais o universo feminino... e tá sendo msm ótimo esse gás pra retomar o belo hábito pela leitura de histórias em livros que eu tinha qdo adolescente]

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JANEIRO – Romances de banca femininos, ao estilo de Júlia, Sabrina, etc.

Lábios de Mel (Deanna Mascle), da coleção “Sabrina Sensual”, editora Nova Cultural (186 p.)

O Anel da Vida (Loreley McKenzie), da coleção “Amores Eternos”, Mythos Books (116 p.)

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FEVEREIRO – Um livro que nos remeta aos contos de fada.

Lost Girls: Meninas Crescidas (Alan Moore e Melinda Gebbie)

Alice in Wonderland [Alice no País das Maravilhas] (Lewis Carroll)

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MARÇO – Um clássico da Literatura universal.

1984 [1984] (George Orwell)

Les Misérables [Os Miseráveis] (Victor Hugo)

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ABRIL – Um livro de escritor(a)Latino-Americano. Leitura inédita só para lembrar!

Ficciones [Ficções] (Jorge Luís Borges, argentino);

Juego de Niños [Jogo de criança] (Carmen Posadas)

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MAIO – Um Chick-lit, conhecido como "literatura para garotas" ou ainda "Literatura de Mulherzinha", de acordo com o blog "Lost in Chick-Lit". A autora também descreve: "são romances leves, divertidos e charmosos, que são o retrato da mulher moderna, independente, culta e audaciosa."

(Pois bem, lá vou eu então, novamente embarcando no universo feminino, com a consultoria da Rê de novo, rs)

Marsha Mellow and Me [Marsha Mellow e Eu] (Maria Beaumont)

Bridget Jones´s Diary [O diário de Bridget Jones] (Helen Fielding)

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JUNHO – Um livro de uma escritora brasileira.

A Paixão Segundo G. H. (Clarice Lispector)

A Caverna de Cristais (Helena Gomes)

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JULHO – Um livro adaptado para o cinema.

O Hobbit (J. R. R. Tolkien)

Lavoura Arcaica (Raduan Nassar)

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AGOSTO – Um romance policial.

A Study in Scarlet [Um estudo em vermelho] (Sir Arthur Conan Doyle) - estreia de Sherlock Holmes

The Murders In The Rue Morgue [Assassinatos na Rua Morgue: e Outras Histórias] (Edgar Allan Poe) - pode ser considerada a inauguração do romance policial

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SETEMBRO – Um romance histórico.

Kyoto (Yasunari Kawabata) - Nobel de Literatura!

Xógum - A Gloriosa Saga do Japão [Shōgun {将軍} - A Novel of Japan] (James Clavell)

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OUTUBRO – Um livro que contenha uma "lição de vida". Pode ser ficção ou não-ficção.

Nelson Mandela - Leçon de vie pour l'avenir [Nelson Mandela - Uma Lição de Vida] (Jack Lang, ex-ministro da Cultura da França)

Still Alice [Para Sempre Alice] (Lisa Genova)

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NOVEMBRO – Um livro de escritor(a) de Portugal. Com a aproximação ortográfica porque não uma aproximação literária?

Caim (José Saramago)

O Evangelho Segundo Jesus Cristo (José Saramago)

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Dezembro – Um livro (ficção ou não ficção) que tenha a palavra "Coração" no título.

Inkheart [Coração de tinta] (Cornelia Funke)

Kokoro [Coração] (Natsume Soseki)

domingo, 13 de dezembro de 2009

Desafio Literário: Minha Lista de Livros para 2010

A princípio, não levei nem um pouco a sério a ideia da Rê, autora de O Gato Risonho, com um tal de Desafio Literário by RG (Romance Gracinha).

Ainda mais por a lista de categorias propostas incluir livros de banca como "Sabrina" e "Julia" e até mesmo 'títulos com a palavra "coração" no meio'. É claro, é dirigido para garotas. Ah, essas mulheres!...



Mas depois percebi que daria pra enriquecer e aprender muito se eu encarasse esse desafio, e daria pra encaixar diversas obras refinadíssimas da literatura mundial e brasileira.

Aliás, adicionei um desafio a mais para mim: sempre que possível, ler as obras no idioma original!

Então, lá vai, abracei a causa. Segue minha lista provisória (calma, a ideia é só um por mês! ainda vou escolher quais deles!), após uma madrugada de pesquisa e seleção (após a menção a cada mês, segue a descrição da categoria por Vivi, a autora do desafio):

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Janeiro – Para facilitar a vida de todas, leituras rápidas para o primeiro mês do ano. O desafio é ler um Romance de Banca ao estilo da Nova Cultural, Harlequin, entre outros livros vendidos em bancas. Vale qualquer segmento, Clássico Históricos, Momentos Íntimos, Júlia, Sabrina, etc... Tenho certeza que você tem um livro na pilha esperando para ser lido. Portanto não há desculpas.

Ahah, a selecionar. Sabrina Sensual me pareceu atraente... eheh. Mas Julia ou Sabrina são clássicas demais para perder a oportunidade para conhecer.

(Trechos de matérias publicadas a respeito:

"Atualmente, a Série é composta por oito livros com periodicidades diferentes: “Julia”, “Sabrina”, “Sabrina Sensual”, “Bianca”, “Clássicos Históricos”, “Clássicos Históricos Especial”, “Bestseller” e “Mirella”. “Os lançamentos semanais como “Julia” e “Sabrina” são os que mais vendem. Depois, o preferido é “Clássicos Históricos”."

"A série Sabrina é mais romântica e com sexo light, Júlia é para a mulher madura e independente, Bianca aborda o casamento com humor, e as novas Mirella e Sabrina Sensual são mais apimentadas.")


Fevereiro – Um livro que nos remeta aos contos de fada. È baba! Nem tudo é inovação. Há muitas histórias baseadas nos contos de fadas. Patinho Feio, A bela e a fera, Cinderela...

The Complete Fairy Tales and Stories [Contos] (Hans Christian Andersen), Alice in Wonderland [Alice no País das Maravilhas] (Lewis Carroll)


Março – Um clássico da Literatura universal. Só vale aquele que você nunca leu na vida. Sabe aquela coleção em destaque na estante que está lá só para fazer bonito? È lá que você vai pescar esse.

1984 [1984] (George Orwell), Les Misérables [Os Miseráveis] (Victor Hugo)



Abril – Um livro de escritor(a)Latino-Americano. Leitura inédita só para lembrar!

Ficciones [Ficções] (Jorge Luís Borges, argentino);




Maio – Para aliviar, vai aí um Chick-lit. O mar está para peixe no que diz respeito ao gênero.

Pride and Prejudice [Orgulho e Preconceito] (Jane Austen)




Junho – Um livro de uma escritora brasileira.

A Paixão Segundo G. H., Perto do Coração Selvagem (Clarice Lispector)



Julho – Um livro adaptado para o cinema. O que mais há ultimamente!

Lavoura Arcaica (Raduan Nassar), I, Robot [Eu, Robô] (1950, Isaac Asimov), The Lord of the Rings [Senhor dos Anéis] (John Ronald Reuel Tolkien)



Agosto – Um romance policial. Vale os autores mais clássicos ou autores do romance “romântico” policial.

A Study in Scarlet [Um estudo em vermelho] (Sir Arthur Conan Doyle); The Murders In The Rue Morgue [Assassinatos na Rua Morgue: e Outras Histórias] (Edgar Allan Poe),



Setembro – Um romance histórico. Cá entre nós, esse gênero é o queridinho de muitas!

[Война и мир] Guerra e Paz (Leon Tolstói), [Shōgun {将軍} - A Novel of Japan] Xógum - A Gloriosa Saga do Japão (James Clavell)



Outubro – Um livro que contenha uma lição de vida. Pode ser ficção ou não-ficção. Viu como facilitei?

Nelson Mandela - Leçon de vie pour l'avenir [Nelson Mandela - Uma Lição de Vida] (Jack Lang)


Novembro – Um livro de escritor(a) de Portugal. Com a aproximação ortográfica porque não uma aproximação literária?

O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Caim, Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago)



Dezembro – Um livro (ficção ou não ficção) que tenha a palavra "Coração" no título.

Inkheart [Coração de tinta] (Cornelia Funke), The Tell-Tale Heart [O Coração Revelador] (Edgar Allan Poe), El Corazón Amarillo [O Coração Amarelo] (Pablo Neruda)

domingo, 16 de agosto de 2009

Post 300! - Meu perfil político: centro-esquerda liberal

Post comemorativo n. 300!

De todo modo, veja o resultado de meu teste político na Veja.com:



Faça o teste vc tb e diga o seu resultado: http://veja.abril.com.br/idade/testes/politicometro/politicometro.html

sábado, 15 de agosto de 2009

A transformação de uma peixa japonesa e uma sereia em humanas na animação

(20/02/09) O que dizer de um peixe, ou mais propriamente, uma peixa, que deseja, com todas as suas forças, virar humana? E ela de fato se transforma. Tudo isto para ficar junto de um menino humano da superfície. Esta é a idéia principal de Ponyo (2008), o último filme do consagrado cineasta de animação japonesa Hayao Miyazaki. O nome original é Gaku no ue no Ponyo, o que significa algo como “Ponyo no alto do penhasco”.

A idéia não é nova. Apesar de ter ficado famosa no cinema com A pequena sereia (1989), dos estúdios Disney, há também uma versão de filme francês (1980), russo (1976), tchecoslovaco (1975) e também outra animação japonesa (1975). Todas baseadas em história original escrita por Hans Christian Andersen (1805-1875), escritor dinamarquês famoso por seus contos de fadas.

As diferenças principais são que, ao contrário de a protagonista no original e no filme Disney ser uma sereia, ou seja, uma criatura metade humana, metade peixe, que vive no fundo do mar; na versão de Miyazaki ela é uma peixe mesmo. Além disso, em Disney, ao invés de a relação se dar entre jovens, o que gera um apelo explicitamente romântico; no filme, a relação se dá entre crianças, criando assim um clima de amizade pura e inocente mesmo.

No entanto, que mensagem passa, afinal, essa dedicação tão forte em essas garotas, sejam peixe ou sereia, virem para o lado de cá, dos humanos? Largarem mão de toda a sua vida lá e virem pra cá?

O que mais deve transparecer em uma análise crítica, claro, é a de superioridade que a espécie humana se arroga sobre os outros animais. Na história, é o animal, ou meio animal, que necessita se transformar em humano; e não o contrário. Isso não parece positivo. É uma supervalorização do mundo humano.

Contexto, dominação e valorização de classes

É importante lembrar também do contexto da história original: Andersen viveu no século XIX na Europa, a época do imperialismo das potências européias sobre os continentes africano e asiático. Qual era o discurso que legitimava toda essa invasão? Levar o “progresso técnico-científico” para os povos “sem cultura”, “não evoluídos”. Aliás, o Japão também foi potência imperialista. Assim, pode haver uma comparação destes povos com os imaginários “meio-animais”, que também ficariam admirados com o “mundo superior”.

Ressalte-se que as personagens peixe ou sereia fazem todo o esforço do mundo, usam magia e tudo o mais para alcançar seu objetivo. Isso também demonstra uma força de vontade fenomenal tanto das personagens femininas como animais.

De qualquer modo, podemos deixar de lado a questão de superioridade humana citada, para destacar mais a questão da amizade entre mundos. Nós somos humanos, e o filme é dirigido para nós. Seria talvez difícil o público entender tão bem a história se a amizade se passasse entre peixes. O enfoque que dá Miyazaki à amizade entre seres de universos diferentes é belíssima. Tumultuada, desesperada, encantada e transcendente.

A história tem muita magia envolvente, cheia de ondas e peixes gigantescos, tsunamis, a coragem da mãe durona do garoto, entre outros encantos que se dão bem com o estilo de desenho colorido e denso de Miyazaki. Este autor, diretor do Studio Gibli, tambem produziu Viagem de Chihiro (2001) e O Castelo Animado (2004), conhecidos no Brasil.

No Brasil, ainda deve estrear entre junho e outubro de 2009. Será bom poder assistir em português. Por mais que tenha sido possível pegar uma idéia geral da história em japonês no Japão (sem legendas em inglês), não foi assim tão simples entender, apesar de desfrutar o original em primeira mão...


[Originalmente publicado como Artigo 8 para a ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais) em 20/02/09; como minha coluna saiu do ar lá por um tempo, apesar de agora retornar aos poucos, em dupla, republico aqui, no momento em que "Ponyo" está como um dos 10 "trending topics" do Twitter]

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Minha experiência no 12º Festival Vegano Internacional e Grupo de Estudos de Direitos Animais

Geda, interação, palestras ao mesmo tempo, programação no site e refeições

(10/08/09) Fui convidado para apresentar neste festival, em palestra, a experiência com o Grupo de Estudos de Direitos Animais (Geda), que fundei em São Paulo. O convite partiu de Marly Winckler, organizadora do evento, que aconteceu no Rio de Janeiro, entre 22 e 25 de julho de 2009.

Ela me pediu um depoimento, e aqui está. Para mim foi sinceramente uma honra participar, ainda por cima como palestrante, de um evento como este, tão grandioso e com convidados internacionais e também de diferentes Estados do Brasil. Aliás, rever a própria Marly, que eu havia conhecido pessoalmente e encontrado apenas uma vez, quando estava começando meu caminho no movimento, e com quem me correspondia com alguma requência, também era importante. Ela era uma inspiração.

Ultimamente, eu estava procurando me afastar um tanto das atividades pelos direitos animais, focando questões pessoais em atraso, especialmente profissionais. Por isso inclusive a socióloga e professora Tânia Vizachri acabou assumindo a organização do Geda, com apoio de outros importantes colaboradores, a quem agradeço. Assim, o tempo e dinheiro investido na viagem me faziam hesitar.

Mas a oportunidade de apresentar o grupo em um evento como este e conhecer o Rio de Janeiro – famosíssima cidade em que eu jamais havia colocado os pés, mesmo morando em Estado vizinho – me impulsionaram muito na decisão de aceitar o convite e ir. Além de ter o amigo Bruno Müller para hospedar e desfrutar da companhia na cidade.

Minha palestra sobre o Geda
Por volta de 12 pessoas assistiram minha apresentação, com powerpoint atualizado no dia da partida, sexta-feira – viajei de madrugada para poupar tempo. Foi mesmo muito gratificante ver pessoas de outro lugar do Brasil interessadas na experiência do grupo de estudos, perguntando detalhes de organização e programação, pensando até em montar atividades similares em sua própria cidade.

A maioria, me parece, eram mesmo do Rio, mas também havia um rapaz de Belo Horizonte, que havia conversado comigo antes da palestra, logo que cheguei ao evento, já demonstrando seu interesse no tema. Charles de Freitas Lima, famoso ativista que conhecia de nome pelas listas de discussão sobre direitos animais, foi outro presente que me honrou com sua presença e interesse.

Quem se interessar, pode ver o powerpoint aqui:



E pode ouvir o áudio da palestra aqui (que vergonha!):
http://geda.podomatic.com/entry/2009-08-09T23_06_02-07_00

Nesta página aparecem informações sobre o Geda e eu mesmo, no site do Festival.

(download do ppt aqui: http://sites.google.com/site/grupogeda/arquivos/historia-geda-24-07-09.ppt )

Festival e o grupo de estudos
Pra ser sincero, mesmo sendo novo no movimento, já estou um pouco cansado de palestras sobre direitos animais. Parece paradoxal dizer isso, vindo de alguém de um grupo de estudos, não? Mas a dinâmica de eventos proposta do Geda é bastante diferente.

Ao invés de uma grande concentração de palestras em alguns dias seguidos, fazemos apenas duas, separadas por um intervalo com lanche e bate-papo, e tudo isso em apenas 3 horas, uma vez por mês. Isso é mais palatável para mim.

É claro, eventos de imersão como este 12º Festival Vegano Internacional, além do 2º Seminário de Direitos Animais da USP e o 1º Encontro Nacional de Direitos Animais, tendo participado destes últimos no ano passado, são louváveis, especialmente para quem mora longe dos grandes centros urbanos e fica mais fácil separar dias seguidos para viajar e se dedicar. É minha posição pessoal, mas de todo modo ofereço a proposta alternativa a quem interesse.

Interação com os participantes
Foi muito bacana poder conversar com pessoas de países diferentes; por exemplo, em inglês com um professor que trabalhou toda a vida em Londres e agora mora na Califórnia; em espanhol com uma estudante intercambista que veio da Califórnia, filha de indianos; e conhecer especialmente tanta gente do Rio, entre outros que só conhecia virtualmente, como Thaís Shanti e Eliane Lima. Além de rever os ativistas de São Paulo.

Na verdade, para mim, isto é o essencial de um evento grande como este: conhecer pessoas diferentes. Então, tinha vezes até que acabava ficando mesmo de fora das palestras pra bater um papo com alguns. Esta interação informal me parece essencial, e seria bacana oferecer mais espaço para isso.

Pena que perdi a oportunidade de conhecer pessoalmente o Carlos Naconecy, doutor em Filosofia cujo livro “Ética & Animais: um guia de argumentação filosófica” foi essencial para mim e foi base para muitos dos primeiros eventos do Geda. Um mentor a quem devo muita orientação, inclusive pela troca de ideias por e-mails.

Quando o festival estava encerrando, eu, caindo de sono de cansaço, acabei indo embora, e meu amigo Leon Denis me disse que Naconecy havia me procurado pouco depois de minha saída, com a amiga Vânia Daró.

Palestras ao mesmo tempo
Não sei se é estratégico colocar mais de uma palestra ao mesmo tempo, ainda mais tantas de cada vez. Isso sobrecarrega e dispersa a atenção dos participantes. Era triste ver meio vazio o auditório grande em que ocorreu a palestra da esperada escritora Regina Rheda, que veio dos EUA.

Ouvi frustração a respeito de haver na programação ao mesmo tempo mais de um super-palestrante que o participante queria ver, por exemplo. Quando isso ocorria comigo – e era frequente – a minha própria tática, apesar de isso parecer não muito polido, além de superficial; foi ver um pedaço da palestra de um, e um pedaço da palestra de outro; como fiz com a Patrícia, que falou sobre sua bela experiência do Santuário das Fadas.

Por outro lado, é claro que isso possibilita um grande leque de opções para os participantes, claro. Dificilmente a minha palestra aconteceria se houvesse apenas uma por vez, que privilegiaria os medalhões do movimento. Isso possibilitou que o público pudesse tomar contato com diferentes experiências e ideias, até com as minhas, de um novato de apenas pouco mais de um ano e meio de ativismo.

Programação no site
Outra dificuldade que tive foi me programar com antecedência, já que eu sabia apenas o horário da minha palestra. Pude ver folhetos completíssimos com a farta programação ao chegar, mas realmente não consegui encontrar pelo site antes essa programação, somente os nomes dos convidados e suas biografias, sem referências específicas de horários.

Um destaque para a tabela geral no menu principal do topo ia bem. Depois acabei achando, mas estava em ordem alfabética no vasto menu lateral como “Programa”, o que um desavisado como eu acabou deixando passar.

Refeições
Também proponho dar mais atenção às refeições. Parecia não haver oferta de almoço pra valer na hora do almoço, mas somente lanches dos estandes. É claro, adorei prová-los, deliciosos, como hambúrgueres e pastéis, mas ouvi queixas de participantes a respeito dessa falta durante a semana, tendo que se virar com os lanches. Um deles resolveu até sair do festival para almoçar fora em um dos dias.

Infelizmente perdi o “Junta-Prato” que ocorreu somente no sábado; acabei me dando conta de que ocorria quando já estava terminando...

Maurício Kanno

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

"Sorria": peça com Chaplin que reativou meu gosto pelo teatro!

Segue mensagem que deixei no blog da equipe da peça: http://projetosorria.blogspot.com/2009/07/estreia-de-sorria.html

"meus parabéns a todos!

estive no bar "charme da paulista", na tal avenida, semanas atrás, quando vi passar o Chaplin, e logo a atriz que fez a Samira - pelo que lembro - divulgou a peça pra mim e meus amigos, ex-colegas da faculdade, lá reunidos.

adorei o flyer entregue, e a performance curiosa do chaplin passeando na paulista, além da simpatia da moça.

hoje acabei assistindo a peça com minha namorada e minha irmã, e posso dizer que vcs renovaram meu gosto pelo teatro.

estou recomendando a todos! Faz tempo que eu não via uma peça tão boa, com história de verdade, divertida, limpa, bonita, sem "artistices" de encher o ego da propria equipe.

as peças anteriores que eu estava assistindo tiravam meu gosto por teatro, mas a de vcs reativou totalmente!

Sem falar que dá a maior vontade de assistir todos os filmes do Chaplin depois dessa (aliás, ótimo inclusive o remake em vídeo tb exibido durante a peça, com todo o estilão dos filmes PB... mto bem feito e adaptado pra realidade de hj!).

parabéns!"

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dupla de caricaturas para a ANDA

Estou retomando minha coluna na Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA), em parceria com o colega jornalista Matheus Moura, de Minas Gerais. Nosso tema é quadrinhos e animação, com foco em foco em direitos animais.

Ao invés de foto pra identificar a gente, acabei produzindo uma caricatura da dupla pra ilustrar a coluna, pra ter a ver com a temática, inclusive.



Neste álbum que criei pra essas imagens há as caricaturas juntas, separadas e a foto original na qual me baseei: http://picasaweb.google.com/mpkjor/Caricaturas#

domingo, 2 de agosto de 2009

"Pierre e os veganos", narração - parte 1

Minha narrativa de conto de Maria de Nazareth Agra Hassen, de Porto Alegre, sobre um cordeiro que descobre que o mundo não é assim tão maravilhoso como pensava... mas ainda assim, encontra esperanças em certo grupo de humanos: os veganos.



sexta-feira, 31 de julho de 2009

Meus "quadrinhos": Tentativa 1

uma tentativa minha, com desabafo envergonhado, até saírem desenhos toscos e balões (clique para ampliar):

domingo, 7 de junho de 2009

10 respostas de Cuba contra EUA

Nunca havia entrado em um site cubano, aí estou eu, acabo de conhecer o Cubadebate, por a Folha ter indicado que Fidel Castro publicou lá um artigo, satirizando os EUA por, bem logo depois de sua "derrota diplomática" na OEA (Organização dos Estados Americanos), em que tiveram que aceitar anular a decisão de 1962 tirando Cuba da OEA; prenderem um casal aposentado acusado de ter sido espião para Cuba por 30 anos. Veja: http://www.cubadebate.cu/index.php?tpl=design/especiales.tpl.html&newsid_obj_id=15354

Também verifiquei um outro texto mais abaixo interessante - dados a checar, mas verossímeis - que lhes apresento:

"La Habana

1-En EEUU hay más de 50 millones de habitantes (incluyendo 3.3 millones de niños) sin seguro médico (en el 2005 unos 18,000 individuos morian cada año a causa de esto). Y, los que lo tienen, pagan un alto porcentaje de sus sueldos a los grandes monopolios. Además la inmensa mayoría de esos seguros cubren, cuando más, un 80% de los costos de médicos y hospitales. El asegurado tiene que sacar de su bolsillo el balance de las grandes cuentas. También el papeleo, los intermediarios y su burocracia es larga y tendida. En Cuba no existen compañías de seguro, pues todos sus habitantes tienen derecho y acceso gratis a todos los médicos, hospitales y clínicas, y sin papeleos.

2-En EEUU solo los hijos de los ricos pueden pagar el altísimo costo de las universidades privadas, la mayoría de las cuales aplican cuotas raciales -50.000 dólares como promedio, sin contar gastos agregados por alojamiento, transporte y otros. El papeleo para ver si es aceptado o no es extensivo y laborioso. Tampoco la gran mayoría de la clase baja trabajadora pueden costear las universidades públicas. En Cuba no hay universidades privadas ni cuotas. El papeleo es mínimo y todos sus ciudadanos tienen acceso gratis a todas las universidades del país.

3-En el 2004, EEUU ocupó el lugar número 49 en la lista de países del mundo con más analfabetos. En 1961, Cuba ya era territorio libre de analfabetos.

4-En el 2005, EEUU ocupo el lugar número 41 en mortalidad infantil en la lista de países del mundo. La mortalidad infantil en Cuba entonces y ahora es menor que la de Washington, DC. -en el 2006, Cuba alcanzó la tasa de mortalidad infantil más baja de su historia con 5,3 por cada mil nacidos vivos.

5-Cuba se especializa en enviar miles de médicos, enfermeros y maestros a varios continentes, particularmente a lugares remotos en países del tercer mundo. EEUU no se especializa en esto, enviando solamente migajas esporádicas cuando le conviene.

6-EEUU se especializa en enviar miles de tropas, entrenadores militares y mercenarios a muchas partes del mundo, particularmente a países del tercer mundo con grandes recursos naturales. Cuba no se especializa en eso.

7-En el 2004 una encuesta de PEW-AP publicó que el 43% de los ciudadanos de EEUU pensaban que el uso de la tortura estaba justificada. En Cuba muy pocos piensan de esa manera, y excepto dentro de la ilegalmente ocupada base de Guantánamo, no hay torturas.

8-EEUU es el país del mundo con mayor cantidad de armas por habitantes -90 armas cada 100 ciudadanos de ese país-, la nación que más armas exporta y también la que más bombardea a otros. Cuba no exporta armas ni tampoco bombardea a nadie.

9-EEUU mantiene un criminal bloqueo commercial, económico, humano y político contra Cuba. Cuba nunca ha impuesto semejante salvaje oprobio contra nadie.

10-EEUU secuestra y atenta contra la vida de aquellos líderes de otros países que no se someten o piden perdon de rodillas. Cuba continúa con las manos limpias.


DECISIÓN: HABANA 10, WASHINGTON 0"

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Foi texto publicado em resposta à seguinte declaração:

"Washington

Palabras de Condoleezza Rice, Secretaria de Estado norteamericana, en la Conferencia sobre las Américas

Nosotros en las Américas, con toda nuestra diversidad, somos en realidad una alianza de pueblos. Compartimos los éxitos de cada uno, y tenemos una interdependencia mutua para conseguir esos éxitos. Es por ello que quiero agradecerles su presencia hoy aquí.

Lo que también nos une es la promesa que llevamos con nosotros; la promesa revolucionaria de que la vida en las Américas representa una oportunidad para todos los pueblos, independientemente de su clase, cultura, raza, religión, sangre, nacimiento, una oportunidad para romper con el pasado y empezar una nueva vida; para reemplazar la pobreza por la prosperidad, la injusticia por la dignidad, y la opresión por la libertad.

Esta es la promesa original de las Américas, y la historia moderna de la región ha sido el intento, imperfecto, ya lo sabemos, de completar esta promesa. Los pueblos de nuestro hemisferio han tenido que superar el colonialismo, la esclavitud, y la tiranía; y juntos han creado un consenso panamericano para las economías libres y los gobiernos democráticos como lo adecuado para cada uno de nuestros ciudadanos. Sólo hay un país cuyo pueblo trágicamente no vive bajo un gobierno de su elección y ese país es el del gran pueblo de Cuba.

10 de julio de 2007"

domingo, 3 de maio de 2009

Migração de volta do Stoa para este blog

Parece que vou ter que copiar todo o conteúdo que publiquei no Stoa - http://stoa.usp.br/ - neste meu blog do blogspot, já que por enquanto ficou restrita sua visualização para o público interno e fui orientado pelo coordenador desta rede de blogs da USP a fazer mesmo cópia de tudo em outro lugar... Uma pena. Aliás, vai ser difícil copiar tudo, até porque muito do que publiquei lá eram comentários a outros blogs também... E era ótima a interlocução que tinha com outros usuários.

Título parcial em matéria sobre leite de vaca na Folha: não condiz com texto

Gostaria de protestar sobre o título "Adulto só deve evitar leite de vaca em caso de intolerância ou alergia". O texto da reportagem do caderno Equilíbrio não condiz com ele. Os fatores favoráveis à ingestão do leite estão em segundo plano no texto.

Percebo que o principal abordado pela repórter que escreveu o texto foi mostrar que o ser humano não precisa do leite de vaca, e sua exclusão - como indica com destaque até mesmo o caso de uma personagem publicado - pode trazer até benefícios.

Veja os dois textos publicados a respeito na Folha Online:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u558451.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u558455.shtml

[Esta mensagem também foi enviada para o jornal, e me baseio em modelo de análise por Manoel Chaparro, em "Pragmática do jornalismo" (página 75).]

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Migrando também para Adote um Vereador - Roberto Tripoli (PV)

Meus esforços também estão sendo direcionados para blogar sobre a atuação do vereador acima citado, seguindo idéia de Milton Jung, encampada por Everton Zanella Alvarenga: http://stoa.usp.br/vereadores/weblog/category/Roberto+Tripoli . Meu segundo e mais recente post lá demonstra que não vou me restringir a notícias positivas sobre o vereador escolhido.

Este meu novo blog "político" foi favoritado pelo jornalista da CBN Milton Jung: http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/miltonjung/2009/01/19/adote-um-vereador-ganha-rede-social-e-adesoes-no-wikia/ .

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Migração para Agência de Notícias de Direitos Animais e Twitter

Oiê, turma... Só gostaria de dizer que tô sumido deste meu blog Animao no Blogger, há um bom tempo, primeiro por ter aderido à rede de blogs Stoa da USP, que tem muito mais acesso e comentários.

Depois, por ser responsável, há um mês e meio, por uma coluna semanal sobre animação, quadrinhos e direitos animais, na Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA). Aí acaba não sobrando muito tempo pra blogar, sabe como é... Produzir esses artigos dá um certo trabalho, mas é legal, porque une os assuntos que mais curto, e me força a escrever de maneira bem feita e trabalhada, pesquisada e estruturada. Toda sexta-feira tem artigo novo, amanhã chega o sétimo.

Ainda me dá vontade de blogar sempre, mas pra isso acabei aderindo ao sistema do Twitter, em que o tamanho do post é mínimo: 2 linhas. Lá estou atualizando sempre, é uma ótima pra contar algo de novo de maneira bem concisa, e sem investir tanto tempo. Ótimo treinamento jornalístico, por sinal, eheh. A indicação foi da colega de profissão Carolina de Barros.

Grande abraço e grandioso 2009!