sábado, 28 de julho de 2007

Vidas humanas não são superiores às de animais, nem o contrário


(Foto tirada por mim da colega e amiga Renata Summa com um cãozinho do sítio em que ficou a turma em Porto Feliz)

Bem, após uma semana, cá estão minhas humildes respostas para as questões que me foram enviadas sobre meu último post por Renato Callado Borges, em meu blog clone na Rede Stoa da USP:

"Mauricio, todos os pontos que você levantou me parecem corretos, mas nao há uma unidade entre eles."

Bom, a unidade pretendida foram os direitos da vida, principalmente dos animais, ignorados.

"A unidade que eu penso é a unidade da sobrevivência e do egoísmo ilustrado. Em poucas palabras, cada um por si, mas sabendo que a miséria dos outros irá afetar a própria pessoa, e portanto por egoísmo devemos ser altruístas."

Tudo bem, você pode até pensar assim, se quiser, é uma maneira de encarar as coisas; mas penso inicialmente por princípio ético de respeito pela vida senciente (ser consciente capaz de sentir dor ou alguma fruição).

"Eu gostaria de fazer algumas perguntas para você: como jornalista, você concorda que a única maneira de provocar as pessoas sobre o problema dos animais de laboratório é lançando mão de argumentos apelativos (vide a charge do Renato Coutinho)?"

Como jornalista e como ser humano, discordo parcialmente de que a única maneira de chamar a atenção das pessoas sobre o tema é lançar mão de argumentos apelativos. Repare que, neste blog (na rede Stoa da USP), fiz exatamente isso, eu chamei a atenção de vocês sobre o tema, utilizando-me apenas de uma divulgação de petição, leis, argumentos lógicos e... sim, apelo humanitário, pela vida.

Aí temos que pensar no que é "ser apelativo". Sempre que procuramos chamar a atenção de alguém para algo, precisamos apelar para algum valor; seja ele valor monetário, valor humanitário, valor religioso, valor ambiental, valor sentimental, valor sexual, enfim.

Aliás, não sei que charge é essa a qual se refere, poderia passar o link?

"Como cidadão, você concorda que é mais importante o cirurgião do hospital público saber manejar um bisturi do que, digamos, meia dúzia de cães e gatos viverem?"

Como cidadão e como ser humano, antes lhe chamo a atenção de que não é meia dúzia de cães e gatos que são assassinados (ou são mortos, como preferir; mas reparar que como eles são pegos totalmente indefesos, o termo mais correto seria assassinar) por práticas experimentais para a formação de um médico. Não arrisco um número, mas com certeza é muuuito superior ao seu.

Depois disso, gostaria de lhe dizer que não caio nessa de hierarquizar vidas. Vidas humanas não são assim superiores a vidas de outros animais, nem vidas de outros animais superiores a vidas humanas. Assim, o que se deve pensar é em buscar uma forma conciliatória de lidar com a tragédia.

"E uma última: você acredita que resolver esse problema deveria ser uma prioridade para os brasileiros?"

Com certeza acho que resolver isso deveria ser uma prioridade para os brasileiros. Afinal, você mesmo apontou, anteriormente, que esse fato é uma tragédia. E tragédias, a não ser as teatrais, com certeza devem ser evitadas. Vamos lembrar o que você disse antes:

"Eu concordo que é uma tragédia. Você não concorda que, para mudar a situação, é necessário apresentar primeiro uma proposta de educação alternativa, incluindo nessa proposta sua viabiliade econômica?"

Gostaria de retomar esta sua primeira pergunta, então. Minha resposta é discordo. Não sou especialista no assunto; então, quis primeiro mostrar e divulgar a gravidade da situação, que é uma tragédia, como você mesmo concorda, então ótimo, estamos de acordo. A partir daí, vamos pensar, juntos, em soluções para o caso.

Imagine só se você descobrisse que o posto de saúde do seu bairro está sem remédios (para ficar em algo que também envolve a vida); ou descobrisse uma chacina na favela próxima; ou um menino fosse arrastado por quilômetros. Você iria ficar pensando em diversas soluções infalíveis sob o ponto de vista sociológico, orçamentário, político, filosófico, primeiro, antes de denunciar a situação? NÃO! Quando você percebe algo alarmante, a primeira coisa a fazer é GRITAR, para reunir pessoas que também se sintam constrangidas com a situação e pensar então juntos; além de fazer pressão para que autoridades pensem mais no caso; e os tais especialistas também.

sábado, 21 de julho de 2007

Educação pela evolução pacífica e ecológica

É preciso educar as pessoas sim, com certeza, mas tendo sempre em vista limites éticos e ecológicos.

quando se pensa em "educação", deve se pensar sempre em "educação para quê". não como um fim por si só. e é isso o que espero dela:

Vida

como se costuma dizer, a vida é o bem mais precioso a se respeitar. (e até por isso os hospitais não podem entrar em greve.) deste modo, a educação do ser humano deve sempre se basear no respeito à vida, mas não só do ser humano. até porque, o "pensar ecológico", significa pensar nossa relação com as demais espécies. o que esta "educação" penso que deveria ter mais como foco, menos do que um padrão tecnicista, é um de respeito pelo diferente, seja ele um ser humano diferente, seja uma espécie diferente.

Negros e animais

aliás, reparar no seguinte: durante uns séculos neste nosso país, os seres humanos negros também eram considerados outra espécie, e você podia "usá-los" como achasse melhor, comprar, vender, jogar fora, etc.

Anarquismo

Não que eu seja lá adepto do anarquismo, mas cito uma frase atribuída a Mikhail Bakunin:

"A liberdade sem o socialismo é a injustiça, o privilégio;
o socialismo sem a liberdade é a escravidão, o embrutecimento."

E é claro, interpreto essa liberdade não só para os humanos.

Uma realidade futura sem "animais de estimação" poderia até existir; mas que eles vivam em seu ambiente natural, por exemplo. Um caminho em que se acabe cada vez mais com os ambientes naturais e as vidas de outras espécies, sem respeito por elas, é simplesmente caótica para o planeta.

Hiper-população

ah, e claro; percebe-se que estamos num caminho de hiper-população e exageros... mas a tal educação (aliada à gestão pública) também deve servir para contornar isso, não para continuar nesse caminho. o próprio automóvel, e a idéia antiga de que todos deveriam ter seu próprio carro são absurdos para a coletividade, por exemplo.

(Texto publicado originalmente como resposta em meu blog na Rede Stoa USP, como resposta ao texto-comentário de Renato Callado Borges: http://stoa.usp.br/mauriciokanno/weblog/4811.html.1 / Foto de meu filhotinho gato negro Hiro, tirada por Andrea Fonseca, publicada em meu Flickr)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

NÃO ao uso de Animais no Ensino


(Foto de Daniel Groppo, no Flickr)

Sou contra o uso de animais em experimentos e práticas educacionais, como na Medicina. É bom ressaltar que há argumentos jurídicos ambientais para se parar com isso, e a Inglaterra proibiu especificamente essa prática desde o século XIX.

Minha irmã, que estuda Medicina na USP, já relatou diversas vezes em que precisou fazer "operações" em cãezinhos de rua (e olha que já tivemos uma cachorrinha boxer, a Xuxa, por muitos anos! como ela consegue fazer isso? só porque são de rua? eu sei; ela precisa fazer isso, porque senão não poderá prosseguir seu curso e se formar médica; leia as considerações no texto abaixo sobre essa tortura ética aos estudantes!).

Estas são operações que, no fim das contas, acabam por matar os cãezinhos e outros animais "utilizados", pois eram operações desnecessárias a eles, e por vezes, eles eram deixados com o corpo aberto. Encaminho importantes informações e petição sobre o assunto a quem entender mais sobre o assunto e, quem sabe, assinar a petição e apoiar a causa.

Para Assinar:
http://www.petitiononline.com/ensetico/petition-sign.html

"O uso de animais no Ensino está a cada dia sendo mais questionado em todo o mundo, tanto pela sociedade civil, quanto por cientistas, profissionais, educadores e estudantes.

Um exemplo desse questionamento é que em 2003, 84% dos alunos do curso de Medicina Veterinária da FMVZ da USP, responderam que deveria constar como obrigatória a cadeira de "Ética e Bem-Estar Animal", enquanto que, em 2001, apenas 65% dos alunos eram favoráveis (SILVA, 2003, p. 74).

O uso prejudicial de animais na educação ainda é obrigatório na maioria das universidades brasileiras e não possuímos dados para computar a quantidade de vidas de animais desperdiçadas.

É importante salientar que essa prática não vitima apenas os animais. Muitos alunos também são vítimas morais da imposição dessas práticas, quando são colocados no dilema "matar para salvar" (GREIF, 2003. p. 15 – 22). O dilema "matar para salvar" está presente no conhecimento oculto transmitido para os alunos.

Devido a pressões sociais, na Inglaterra é proibido o uso de animais no ensino desde 1876, pela lei "Cruelty to Animals Act" (Ato de crueldade com Animais).

Em 1886 Áustria e Alemanha também aboliram o uso de animais no ensino.

Nos Estados Unidos, 75% das universidades não usam animais de forma didática, incluindo Columbia, Harvard, John Hopkins, Stanford e Yale, consideradas excelências no ensino.

No Brasil a Lei de Crimes Ambientais, 9.605 de 1998, no parágrafo 32 diz:

"Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 1º - Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animais vivos, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

§ 2º - A pena é aumentada de um sexto a um terço se ocorre morte do animal"

Se todas as universidades da Inglaterra, Alemanha e Áustria, mais 3/4 das universidades dos Estados Unidos não usam animais no ensino, significa que há alternativas. Devemos pressionar os professores a procurarem e utilizarem esses métodos.

NÓS NÃO APOIAMOS O USO DE ANIMAIS NO ENSINO SUPERIOR!
Mais informações no site www.gaepoa.org

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Enviado por e-mail por Róber Freitas Bachinski, quarta-feira, 18 de julho de 2007, e repassado a mim por Laura Kim Barbosa.

"Pessoal, por favor, assinem e divulguem essa petição. Ela é muito importante. Quanto mais pessoas assinarem, mais apoio teremos no processo de Objeção de Consciência contra a UFRGS ( http://www.gaepoa.org )"

Para Assinar:
http://www.petitiononline.com/ensetico/petition-sign.html

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Depois quero pesquisar o assunto com mais detalhes, verificando quais são os cursos, disciplinas e alterativas utilizadas em outros países e no Brasil.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Pesquisa no Yale Medical Journal prova: vegetarianos são melhores atletas

Isto realmente surpreende, chama muita atenção mesmo, ainda mais para quem acreditava que os vegetarianos seriam pessoas mais fraquinhas, e precisariam de proteína animal... Realmente parece duvidoso à primeira vista, mas o pesquisador concluiu que atletas onívoros (que também comem carne) são menos fortes até mesmo que vegetarianos sedentários! E a conclusão foi publicada no Yale Medical Journal, o que dá a ela muita credibilidade! (Foto da Yale University, de seu site.)

Bem, mesmo se não for totalmente correto isto, de todo modo, é um forte indicativo de uma tendência positiva do modo de vida vegetariano. Um grande problema: o livro que relata a pesquisa (Diet for a New America) é de 1987, ou seja, de 20 anos atrás. Vou ver se encontro referências mais atuais depois. Isso é importante para a credibilidade da coisa.

"Na Universidade de Yale, o professor Irving Fisher projetou uma série de testes que comparavam a resistência e força dos onívoros e os vegetarianos. Ele selecionou homens de 3 grupos: atletas que comiam carne, atletas vegetarianos e vegetarianos sedentários. Fisher relatou os resultados no Yale Medical Journal. Esses resultados não parecem dar credibilidade ao preconceito popular de que a carne dá força.

'Dos 3 grupos comparados, os ... que comiam carne demonstraram bem menor resistência do que os abstêmios (vegetarianos), menor até mesmo daqueles que levavam uma vida sedentária.' A média de pontuação dos vegetarianos foi mais do que o dobro dos que comiam carne, mesmo a metade dos vegetarianos sendo sedentários, enquanto todos os onívoros eram atletas.

Um estudo similar foi conduzido pelo Dr. J. Ioteyko da Academia de Medicina de Paris. O Dr. Ioteyko comparou a resistência dos vegetarianos e onívoros com todos os estilos de vida em uma variedade de testes. Os vegetarianos atingiram uma média de resistência 2 a 3 vezes maior do que os que comiam carne. E ainda mais surpreendentemente, eles levaram 1/5 do tempo para se recuperar da exaustão, comparados aos que comiam carne.

Em todos os testes dessa natureza que já foram realizados nos últimos anos, os resultados têm sido similares. Um grupo de médicos na Bélgica compararam sistematicamente o número de vezes que vegetarianos e onívoros eram capazes de comprimir um medidor de força manual. Os vegetarianos foram vitoriosos com uma média de 69 vezes, enquanto os que comiam carne atingiram a média de apenas 38. E como em todos os outros estudos que mediram o tempo de recuperação dos músculos, os vegetarianos aqui se livraram da fadiga bem mais rapidamente do que os que comiam carne."

Fonte e leia mais -> Sítio Vegetariano: http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/index.php?option=com_content&task=view&id=547&Itemid=122

Ou em inglês, sobre o livro Diet for a New America (1987): http://www.michaelbluejay.com/veg/books/dietamerica.html

Também em inglês, dividido pelos países que fizeram pesquisas: http://www.rawfoodlife.com/Articles___Research/Raw_food_for_Athletes/Vegetarians_have_more_Stamina_/vegetarians_have_more_stamina_.htm

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Animações Animais: The Runt, Procurando Nemo e Espanta Tubarões

Gostaria de comentar rápido algumas animações com temas de animais, tanto umas que assisti em casa, como uma que assisti hoje no Animamundi, a primeira que vi.

Depois espero detalhar. E falar mais dos outros filmes que assisti do Animamundi.

The Runt (O Pequenino): Curta extremamente duro. Dramático. Triste. Mas lindo. Há um suspense neste filme que nos faz deixa na expectativa se um menino realmente pode matar e comer seu animal de estimação. Mesmo sabendo que esse é o destino dele. Há a esperança de que ele resistirá. Mas... ... Também chama a atenção a técnica artística do filme. Nada de 3D, como os filmes longas comerciais abaixo citados. Desenho, lápis de cor, piscante, forte, bem colorido. E representação da figura humana bastante distante do "normal". Expressividade artística, com paletas diversas e sombras, impressionante.

(Filme alemão, de 2006; por coincidência, primeiro filme que assisto do Animamundi, e tem tudo a ver com meus interesses; ah, para quem puder assistir ainda, amanhã, sexta-feira, dia 13 de julho, na sala 1 do Memorial, aqui em SP, vai passar às 17 horas; a sessão é "Curtas 5".) Saiba mais.

Procurando Nemo: Ótima, retrata bem aflições animais, de peixes que tanto sofrem por predadores mais fortes, como pelo ser humano, principalmente. (Foi lançado em 2003 pela Pixar (Toy Story), mas só pude assistir agora, em DVD. Eu nem tinha idéia da profundidade do filme (esqueça o jogo de palavras...).) Saiba mais.

Espanta Tubarões: não gostei da associação do tubarão vegetariano gay, todo frufru. Ok, nada contra os homossexuais particularmente, mas os modos ridículos do tubarão vegetariano. Além disso, os personagens animais não representam de fato os animais; apenas são usados para representar algumas questões humanas mesmo, como vaidade, orgulho, etc. (Lançado em 2004 pela DreamWorks (Shreck).) Saiba mais.

Aliás, essa coisa de ser piscante (a que me referi no The Runt) parece ser característica dos filmes no Animamundi. Tudo fica piscando. Principalmente filmes europeus (bem frequentes, talvez até para compensar o predomínio em geral de animações comerciais dos EUA e do Japão). As cores ficam piscando; um formato, outro formato. Sem razão aparente.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Animação em Gimp no AcessaSP Memorial



Nome? Talvez... Boneco marujo dançante?

Esta foi a primeira animação que eu "dirigi", com uma equipe: os participantes da segunda oficina de Animação em Gimp no infocentro Acessa São Paulo do Memorial da América Latina. Cada um fez uma parte, e eu dei uma ajeitadinha em algumas coisas e juntei tudo.

Os participantes da oficina de ontem, co-autores da animação, são: Annibal Roberto Garcia Garcia, Fernando Queiroz, Franco Duca, Jean Felipe Oliveira, Mariane Morandini, Ramirez Horna, Rafael Morandini, Giseli G. de Souza e Wanger Machado da Silva.

Estou dando este mês, como voluntário, 3 oficinas sobre o assunto lá no Acessa Memorial, aproveitando até esta época de Animamundi. Saiba mais.

O link para a animação, caso queira pegá-la ou visualizá-la novamente (é um gif animado de um megabyte), é http://kanno.com.br/anima-memorial/montagem-memorial2.gif para apenas um ciclo; e http://kanno.com.br/anima-memorial/montagem.gif para um ciclo sem fim.

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Aliás, comprei ingressos hoje para 10 sessões do Animamundi! Oba! Graças ao apoio da Andrea... Pretendo comentar cada sessão que eu assistir. Vou me esforçar!

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Oficinas de animação, música e hardware no Sesc Pompéia

Ae, segue programação da sala de internet livre de JULHO do SESC Pompéia! Informações da Cátia Leandro, monitora de lá!

ANIMASSINHA & ONOMATOPÉIA
Oficina de animação em massinha e produção de áudio com os softwares livres Kino e Audacity. Utilizando a técnica, stop motion, a mesma do filme "A Fuga das Galinhas", em que modelos são movimentados e fotografados quadro a quadro e posteriormente editados criando a impressão de movimento. Nesta fase também podem ser acrescentados efeitos sonoros como fala, sons ou música. Orientação: Catia Leandro e Letícia Kamada. Grátis
De 11/07 a 27/07. Quartas, quintas e sextas, das 17h às 19h.
SESC Pompéia


INTRODUÇÃO À MÚSICA DIGITAL INTERATIVA
Esta oficina tem a proposta de apresentar algumas informações técnicas e teóricas de diversos dispositivos como microfone, teclado, controlador Midi, mouse, sensores, visando à performance e a interação sonora a partir do ambiente de programação Pure Data [PD], que é usado para composição interativa, síntese e processamento de áudio em tempo real. Orientação: Giuliano Obici. Grátis
De 17/07 a 30/08. Terças e quintas, das 19h às 21h.
SESC Pompéia



POR DENTRO DA MÁQUINA!
O Hardware é a parte física do computador, é um conjunto de componentes eletrônicos, circuitos integrados e placas que se comunicam através de barramentos!!! Se você quer ficar por dentro desta máquina complexa e desmistificar o seu funcionamento participe desta oficina que desmonta, monta, mexe e remexe num computador. É mais fácil do que parece! Orientação: Elisa Vieira. Grátis
De 18/07 a 27/07. Quartas, quintas e sextas, das 10h às 12h.
SESC Pompéia

Dia 10 de julho: ingressos para Animamundi!

Aproveite, a partir de amanhã, dia 10 de julho, estão à venda ingressos para o Animamundi SP 2007, que acontece de 11 a 15 de julho!

Vc pode baixar a programação aqui: http://www.animamundi.com.br/adm/arquivos/programa%E7%E3o%20ANIMA%20MUNDI%202007.pdf

Mais informações: www.animamundi.com.br

Galeria de fotografias portuguesa -> Olhares.com

Olá, vou postar menos neste blog este mês (até pra trabalhar mais); mas estou todo dia postando fotografias num ótimo site que congrega fotógrafos, muitos profissionais. É legal que, quando o pessoal não gosta tecnicamente da foto, criticam mesmo!

É este: www.olhares.com/curioso

Também estou postando fotos no meu Flickr: http://www.flickr.com/photos/kanno

(A imagem do post é minha fotografia tirada em 2006, da doce Andrea Fonseca, em Bertioga)

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Reflexões blogueiras, estatística e "erramos na evangelização"

início de outro mês... julho.

andei conversando (por e-mail) com minha amiga Dani Matielo sobre meu blog. de fato dá um trabalhão manter um blog "vivo", atualizado, uma coisa que é tão importante em qualquer um.

essa minha experiência blogueira está sendo muito interessante. nunca pensei encarar isso tão fortemente antes. mas estou concluindo que é muito importante, é nosso espaço de exercício livre de expressão.

e aos poucos a produção/escrita/imagética vai ficando cada vez mais fluente... e, bem, quando começamos a nos sentir livres, tranquilos, pra falar do que bem entendemos (ou não entendemos, mas estamos a fim), acho que fica um resultado melhor mesmo.

Estatística

2007 (número de visitantes / número de páginas visitadas)

Junho------2067 / 3417
Maio-------4509 / 5758 (aumento excepcional por um único post)
Abril-------447 / 609
Março-------200 / 268
Fevereiro---134 / 200
Janeiro------44 / 90

"Erramos na evangelização"

Acho que vale a pena repetir neste post novo minha edição do meu último post sobre vegetarianismo (calma, haverá outros!), que representa uma bela reflexão que me trouxe minha amiga Dani Matielo.

O complicado foi minha conclusão a respeito da animação Evoluciona. Mantenho que essa é a conclusão a que nos leva a animação, mas minha análise encampou demais sua vertente evangelizadora.

Pode parecer bastante separatista. Talvez 1% das pessoas no Brasil por exemplo sejam vegetarianas; meu texto dá a entender que só este tanto é "civilizado" e "inteligente", e o resto não é; tomo cuidado para encampar menos com a idéia forte do vídeo.

De fato, assim como inteligentemente alertou minha amiga Dani Matielo (ver blog em inglês), em comentário naquele post, isso soa muito intolerante. Não é possível achar que existe apenas um caminho, e que "as outras pessoas todas irão para o inferno". Ela cita ainda Oscar Wilde: "extremismo é você dobrar os esforços quando se perdeu de vista a causa". Por mais que se acredite em uma causa, é necessário muito cuidado quando se tenta propagá-la para outras pessoas. Eu estava mesmo pensando em melhorar este post, mas Dani chegou com as palavras certas.

Nunca fui de "evangelizar" ninguém; que bom que encontrei algo com que comecei a me identificar tão bem, que é o vegetarianismo; mas tudo deve ser feito com respeito ao outro. e, de todo modo, eu também não era vegetariano há meses atrás...

É só lembrar como são chatos pra burro certos religiosos, que também acreditam em sua verdade ao máximo, e querem distribuir esse bem para todos; são baseados em dogmas e o vegetarianismo tem alguns embasamentos mais científicos? ok. mas o principal do vegetarianismo é ética, que acaba sendo uma interpretação, uma maneira de pensar a vida.

Bem, de todo modo, não queremos ser chatos para os não-alguma coisa, certo? até porque, assim realmente não vão se interessar por nossas idéias e nem vão gostar de nós, certo?

terça-feira, 3 de julho de 2007

José Alberto, morador de rua na Praça da Sé

José Alberto Leandro, motorista de profissão e morador de rua, na Praça da Sé, São Paulo.

Conta que, lá pela 1 hora da manhã, vai dormir em qualquer lugar, ou pega ônibus para ficar viajando... "Porque tá perigosa a rua". Ou também dorme em pronto-socorro, assistindo à TV. Está na rua desde o Natal de 2004 (a foto e entrevista são de junho de 2005), quando foi liberado da prisão, mas mandado embora de casa por sua mulher.

Quando cumpriu sua pena de 2 anos e 8 meses, chegou em casa, foi abraçar a esposa e os 7 filhos, ela disse:

-Tenho outro.

-Tenho outro.

Informação técnica da fotografia:


Câmera digital DSC-W1
Comprimento focal 8mm
Abertura do diafragma F/2,8
Tempo de exposição 1/125
Pós-produção: ferramenta "Curvas" do Fireworks para clarear o modelo

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Bikeboys -> opção ecológica e econômica aos motoboys


Olá. Depois de um descanso no fim de semana (é, blogar também cansa e dá trabalho), publico algo bem importante: minha experiência de sexta-feira com uma empresa de bikeboy, uma ótima alternativa ao motoboy.

Mais ecológicos, mais baratos e até frequentemente mais rápidos que os motoboys.

Chamei um para me enviar um documento pela empresa, e conheci o Antônio Bezerra, 41 anos, que aparece nas fotos deste post, na Av. Francisco Matarazzo, São Paulo. Ele trabalha na Bike Courier há 7 meses, mas é o único da idade dele lá. Fala que, quando se vê alguém da idade dele, imagina que nem aguenta nada... Mas ele tem o físico super-preparado, são 20 anos de atletismo!

De fato, ele diz, para se trabalhar como bikeboy, é necessário ter o corpo preparado mesmo; mas não trocaria a bicicleta pela moto. Seus motivos são: moto é mais cara, é mais arriscada, menos segura, bike não leva multa, pode deixar em qualquer lugar, mais flexível no trânsito, pode passar quando os outros não podem. Além da vantagem óbvia, de não poluir e fazer exercício, né (mas isso ele nem comentou).

Ele também diz gostar de viagens mais longas, para Taboão, Zona Leste, Pico do Jaraguá, Santo Amaro... E ele é bem preparado, levando na mochila sempre equipamento para manutenção da bike, câmara nova...

Veio do Nordeste, e conta que percorria todo dia distâncias de Santo Amaro ao Horto Florestal, levando 600 pães.

Quanto ao retorno financeiro, concorda que acaba não sendo tão bom como para motoboys, mas acredita que está justo. E vale a pena.

Bem, saiba mais e indique: a empresa que chamei, sugerida por meu amigo Júlio Boaro, foi a Bike Courier: http://www.bikecourier.com.br/