Acolhemos os animais que já existem, mas não queremos novos dependentes
Esta é uma resposta que fiz para um colega de lista "abolicionistas", baseado em estudos com Cláudio Godoy no Grupo de Estudos de Direitos Animais e textos de Gary Francione.
"prezado,
todos defendemos a vida dos animais que já existem; o que nao se deve defender é que apareçam novos animais em uma situação dependente e escravizada. estes hipotéticos futuros novos escravizados nao podem ter opiniao a respeito, já que eles nao existem ainda.
a vaca é um exemplo de animal que o ser humano fez eugenia: selecionando artificialmente os melhores espécimes para sua necessidade específica. assim como certos grupos político-militares podem fazer com seres humanos: matar alguns e deixar viver outros que lhe sejam de interesse. havia ancestrais da vaca e boi que viviam muito bem adaptados à vida selvagem.
resumindo: a domesticação (dependência e escravismo) é um problema criado pelo ser humano, e os seres humanos devem resolver esse problema, acolhendo os animais que já existem, mas impedindo que novos apareçam.
grande abraço,
maurício kanno"
[Leia mais em http://www.gato-negro.org/content/view/27/48/ ]
===========Escrevi em resposta ao seguinte:
"Gostaria de saber como o abolicionista costuma
se posicionar frente ao seguinte problema:
"O abolicionista, quando defende o direito do animal
de não ser abatido (de viver) em nome da não-exploração,
na prática cria uma situação que fere o seu próprio princípio:
Se não há abate, não há recurso para manter o animal. Logo
não há vida.
Exploração é um conceito humano. Vaca e frango são animais
domesticados há milênios, possivelmente geneticamente menos
preparados para uma vida "selvagem". Se o animal pudesse
saber que existem pessoas -- os abolicionistas, em oposição aos
bem-estaristas -- que decidiram por ele a preferência de não existir a
viver uma vida de bem-estar (no entanto "explorada"), será que
ele concordaria com eles?"
[]s
Edu" [Eduardo Hegenberg]
Nenhum comentário:
Postar um comentário