quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Não precisa ser "radical" ou "total". Pode ser "na direção".

Nem devia estar escrevendo hoje, pois estou hiper-corrido para inscrever meu projeto de mestrado. Mas só uma breve reflexão: hoje conversei com meu amigo e ex-colega de trabalho Robson, que disse estar sempre acompanhando meus posts neste blog via RSS. Bacana! Pedi sua opinião sobre vegetarianismo, meu tema principal. Ele disse que não concorda, e apesar disso gosta de ler o que escrevo.

Perguntei-lhe por que não concorda com o vegetarianismo. Ele disse ser algo radical, em tirar a carne do prato. Mas concorda que é negativo o sofrimento desnecessário dos animais, além do impacto ambiental da pecuária, e os efeitos na saúde. Bem, se é assim, parece que meu amigo concorda com os motivos do vegetarianismo.

E talvez você também, caro leitor. Talvez você só não concorde com o "radicalismo" de tirar toda a carne do prato. Se isso é complicado, não precisa tirar tudo. O mínimo que você tirar, o pouquinho que você reduzir seu consumo de carne, os animais, o planeta, seu corpo e nossos descendentes agradecem muito!

3 comentários:

dani matielo disse...

Estou totalmente de acordo com o Robson... Quero dizer, concordo com as críticas que são feitas aos sofrimentos dos animais e aos problemas acarretados pela pecuária, mas não acho que a solução seja parar de comer carne... eu acho que faz sentido pessoas que buscam uma vida mais saudável optarem pelo vegetarianismo, caso esse seja o caminho que faz mais sentido para elas, mas acho que dificilmente se conseguirá que uma parte tão grande da população se torne vegetariana: inclusive porque comer carne não necessariamente tem a ver com alimentação, mas com toda uma cultura... imagina só se um dia os espanhóis vão parar de comer presunto? ... eu acho que seria muito mais efetivo conscientizar e incentivar as pessoas a tentarem saber mais sobre a carne que comem. Existe hoje no mercado, à disposição de quem quiser, carne de animais que vivem "em liberdade", e que não sofrem ao morrer mais do que sofreriam se tivessem sido caçados por qualquer outro predador. Ou não? Enfim, só pensamentos... (pra vc saber que eu também sempre leio seu blog, daqui do outro lado do mundo, está nos meus feeds prediletos. ;)

Maurício Kanno disse...

obrigado, dani, pela audiência, rs... q bom q curte...

bem, com certeza comer carne tem a ver com cultura... assim tb como era cultural a relação com os humanos negros no século XIX, por exemplo, de usá-los e bater neles à vontade.

antes eu encarava essa questão como mais uma... hoje já percebo como essa "cultura" é cruel. com certeza é difícil que tantos se tornem vegetarianos e/ou também parem de consumir outros produtos que exploram animais... mas enfim, é um sonho e objetivo.

o que você disse, sobre conscientizar e incentivar as pessoas a saberem mais sobre a carne que comem, com certeza é o caminho que pode fazer as pessoas repensarem sua alimentação.

qto à tal carne "orgânica"... acho que não funciona no sistema capitalista, e pra tanta gente. isso não resolve o problema do impacto ecológico, e até piora; pois muito mais pasto e recursos seriam necessários. não é "lucrativo" e "produtivo". tanta gente fala em consciência ecológica, mas agora vejo como essa questão da carne é vital pra se resolver isso. a turma não exagera quando diz que ao comer carne se está "comendo a Amazônia"...

o q acha?

Guiga disse...

Eu acho que independentemente do que os outros façam, importa é fazer o que VOCÊ acha correto! Eu pensava "a carne que eu não comer, vai ser comida por outra pessoa. Ou seja, o boi morre igual", mas não devemos guiar nossas ações pensando somente no contexto geral. Como diziam nossas mães: "Se o Joãozinho pular da ponte você vai pular também?"