quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Minha biografia em jornada nipo-brasileira! :)

 

Desde criança, comecei a aprender e treinar origami, utilizando livros que ganhei de meus pais, como um da Bienal do Livro. Nessa época também pratiquei karatê, até a terceira faixa. Também pratiquei judô, na USP, enquanto estudava Engenharia na Escola Politécnica, até a 3a faixa, por volta de 2001. Divulguei como pude depois, na época das Olimpíadas de 2021, por exemplo.

 

Jornalismo

A minha primeira reportagem importante sobre o Japão publicada na grande mídia foi em 2004, sobre a TV digital japonesa, cujo modelo estaria sendo analisado para adoção pelo Brasil. Publiquei essa em parceria com meu primeiro professor de nihongo, Frank Honda, no caderno de Informática da Folha de S.Paulo.

Quando estava me formando pela USP em Jornalismo, em 2006, realizei uma exposição fotográfica no Espaço D´Ávila, do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes, a partir de minha primeira viagem ao Japão (entre 2004 e 2005, como arubaito/dekasségui). Foi a exposição de três meses sobre o Japão “Terra Ancestral”: cerca de 24 fotografias grandes, acompanhadas por desenhos meus e reproduções de objetos do cotidiano do país, como bilhete de metrô. O evento foi divulgado em vários meios de comunicação, como a revista especializada Fotografe Melhor, o Jornal da USP, jornais específicos da cultura japonesa, entre outros.

Fiz também reportagens sobre o Japão para a Folha de S.Paulo, caderno Turismo, como sobre minha escalada do Monte Fuji, em 2008; e sobre os 100 anos da Imigração Japonesa no Brasil, no mesmo ano, neste caso com foco em Okinawa (cada uma dessas reportagens foi publicada em cerca de 8 páginas do maior jornal do Brasil). Nessa época, também pratiquei kenjutsu e jujútsu no Japão, em Tsukuba.

 

Literatura

Escrevi em 2012, como membro do projeto nacional de leitores resenhistas Desafio Literário, uma resenha sobre o livro Kyoto, do Nobel japonês Yasunari Kawabata. No mesmo ano, escrevi resenha sobre o livro de mil páginas “Xógum”, de JamesClavell, sobre o Japão de 1600 e suas características culturais. Sempre mostro esse longo post de análise no meu blog aos meus alunos até hoje.

Participei também, por volta de 2015, como escritor colaborador, de um livro de contos organizado pelo Bunkyo, sobre a união das culturas do Brasil e do Japão! Escrevi e publiquei nesse livro meu conto "Saci e Tengu". Esse conto também foi publicado em outros livros literários que não se referiam especificamente ao Japão.

Estudei durante meu mestrado na USP, em por volta de 2016, disciplina específica sobre Literatura Japonesa Moderna e Contemporânea. Diretamente com a professora tradutora dos livros do renomado escritor japonês Haruki Murakami! Cheguei a ganhar dela a coleção do autor 1Q84.

 

Professor

Comecei a dar aulas de japonês em por volta de 2017, para alunos de todas as idades (de 6 anos a uns 60 anos) e de todas as partes do Brasil e do mundo, em português, inglês e espanhol. Criei o método Japonês Criativo (japonescriativo.com), com técnicas mnemônicas (de memorização) divertidas e criativas para aprender todas as palavras, hiraganas, katakanas e kanjis, além da gramática, etc. Tenho amigos ilustradores colaboradores que produziram ilustrações para me ajudar na produção de material didático inédito que idealizei da forma mais interessante possível para meus estudantes, a grande maioria não nikkeis.

Sou hoje professor com o título de “embaixador” da plataforma Superprof, em que estão cadastrados cerca de 200 professores de japonês; verifiquei que eu estava como o número 1 no ranking de destaques, devido às dezenas de recomendações de alunos meus ali. Também ensinei português a japoneses, como, neste ano de 2022, a uma senhora de Nagasaki sobrevivente da bomba nuclear, hoje com 93 anos.

 

Reiki e artes

Tenho formação desde por volta de 2018 como reikiano nível 3A mestre interior, terapia criada pelo monge budista japonês Mikao Usui. Nessa época, cheguei a praticar em workshop a arte do oshibanae, washie e kirie: os três em SP, em escola e exposição de oshibanaê na Vila Mariana.

Participei em SP também de workshop de shamisen e shakuhachi, no Bunkyo, por volta de 2018. E de shodô, este mais frequente, na CBLJ (Centro Brasileiro de Língua Japonesa), por volta de 2019). Sempre que pude depois busquei divulgar essas experiências, inclusive minha arte de shodô.

Na Associação Cultural Japonesa de Recife, participei de uma aula demonstrativa de kendô, em 2020, logo antes de estourar a pandemia e os treinos serem interrompidos. Realizei a cobertura das Olimpíadas de 2021 em meu canal Instagram, com a colaboração do meu amigo Daniel Ribeiro, que supervisionei, realizando análises do ponto de vista linguístico e cultural. Entre muitos outros temas em meu YouTube e Instagram focados no Japão.

Neste ano de 2022, pratiquei e divulguei taikô e kyuudo, ambos em Florianópolis, a partir de divulgação da Associação Nipo-Catarinense.

Ultimamente, estive divulgando e ensinando o japonês por meio dos animes, e realizei diversas lives sobre o tema. Entrevistei um aluno meu expert em Naruto, em que falamos sobre o ninjutsu; e também outro aluno entrevistei em outra live sobre o anime One Piece, sempre buscando fazer análises sobre questões culturais e linguísticas entre o Japão e o Brasil. Ambos, Anime e One Piece, são animes campeões de popularidade no Brasil, no Japão e no mundo.


Sobre a província de Fukushima ken

Meu avô Tsuneo Kanno é de Fukushima, chegou ao Brasil por volta de 1932, com cerca de 10 aninhos de idade. Ficou conhecido como Seu Antônio da tinturaria, ou Tsuneo Kanno (só no registro de nascimento mas ninguém o conhecia pelo nome japonês me parece). Para compensar e homenagear meu avô “fukushimense” dei o nome dele à minha primeira empresa, há muitos anos, "Tsuneo Serviços de Informática". Infelizmente só tive oportunidade de guardar uma foto em que apareço ao lado dele, eu no aniversário de 1 aninho, no colo de minha mãe.

 - Hana wa saku: meu tio que mora no Japão há mais de 20 anos me recomendou essa música, de melodia da renomada compositora Yoko Kanno, mesmo sobrenome que o meu. Ensino aos alunos essa música às vezes, contando sobre a homenagem que ela faz ao povo de Fukushima. Tbm postei no meu Instagram @japonescriativo a respeito.

- Explico aos meus vários alunos sobre geografia do Japão, navegando pelo Google Maps, inclusive a região de Toohoku, onde está Fukushima ken. Conto um pouco a eles do que aprendi sobre a província, e que é terra original de meu avô. 

- Live com médico Hiroshi Tikazawa, representante do Fukushima kenjinkai. Eu o entrevistei pra que ele divulgasse no meu canal Instagram sobre a cultura japonesa específica de nossa Província de Fukushima, e até mesmo algumas expressões regionais. Além da experiência dele conhecendo a associação e fazendo parte até hoje.

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