Desde criança, comecei a aprender
e treinar origami, utilizando livros que ganhei de meus pais, como um da Bienal
do Livro. Nessa época também pratiquei karatê, até a terceira faixa. Também
pratiquei judô, na USP, enquanto estudava Engenharia na Escola Politécnica, até
a 3a faixa, por volta de 2001. Divulguei como pude depois, na época das
Olimpíadas de 2021, por exemplo.
Jornalismo
A minha primeira reportagem
importante sobre o Japão publicada na grande mídia foi em 2004, sobre a TV
digital japonesa, cujo modelo estaria sendo analisado para adoção pelo Brasil.
Publiquei essa em parceria com meu primeiro professor de nihongo, Frank Honda, no
caderno de Informática da Folha de S.Paulo.
Quando estava me formando pela
USP em Jornalismo, em 2006, realizei uma exposição fotográfica no Espaço D´Ávila,
do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes, a
partir de minha primeira viagem ao Japão (entre 2004 e 2005, como arubaito/dekasségui).
Foi a exposição de três meses sobre o Japão “Terra Ancestral”: cerca de 24 fotografias
grandes, acompanhadas por desenhos meus e reproduções de objetos do cotidiano do
país, como bilhete de metrô. O evento foi divulgado em vários meios de
comunicação, como a revista especializada Fotografe Melhor, o Jornal da USP, jornais
específicos da cultura japonesa, entre outros.
Fiz também reportagens sobre o
Japão para a Folha de S.Paulo, caderno Turismo, como sobre minha escalada do
Monte Fuji, em 2008; e sobre os 100 anos da Imigração Japonesa no Brasil, no
mesmo ano, neste caso com foco em Okinawa (cada uma dessas reportagens foi
publicada em cerca de 8 páginas do maior jornal do Brasil). Nessa época, também
pratiquei kenjutsu e jujútsu no Japão, em Tsukuba.
Literatura
Escrevi em 2012, como membro do
projeto nacional de leitores resenhistas Desafio Literário, uma resenha sobre o
livro Kyoto, do Nobel japonês Yasunari Kawabata. No mesmo ano, escrevi resenha sobre o livro de mil páginas “Xógum”, de JamesClavell, sobre o Japão de 1600 e suas características culturais. Sempre mostro esse longo post de análise no meu blog aos meus alunos até
hoje.
Participei também, por volta de 2015,
como escritor colaborador, de um livro de contos organizado pelo Bunkyo, sobre
a união das culturas do Brasil e do Japão! Escrevi e publiquei nesse livro meu
conto "Saci e Tengu". Esse conto também foi publicado em outros
livros literários que não se referiam especificamente ao Japão.
Estudei durante meu mestrado na
USP, em por volta de 2016, disciplina específica sobre Literatura Japonesa
Moderna e Contemporânea. Diretamente com a professora tradutora dos livros do
renomado escritor japonês Haruki Murakami! Cheguei a ganhar dela a coleção do
autor 1Q84.
Professor
Comecei a dar aulas de japonês
em por volta de 2017, para alunos de todas as idades (de 6 anos a uns 60 anos)
e de todas as partes do Brasil e do mundo, em português, inglês e espanhol. Criei
o método Japonês Criativo (japonescriativo.com), com técnicas mnemônicas (de
memorização) divertidas e criativas para aprender todas as palavras, hiraganas,
katakanas e kanjis, além da gramática, etc. Tenho amigos ilustradores
colaboradores que produziram ilustrações para me ajudar na produção de material
didático inédito que idealizei da forma mais interessante possível para meus
estudantes, a grande maioria não nikkeis.
Sou hoje professor com o título
de “embaixador” da plataforma Superprof, em que estão cadastrados cerca de 200
professores de japonês; verifiquei que eu estava como o número 1 no ranking de
destaques, devido às dezenas de recomendações de alunos meus ali. Também ensinei
português a japoneses, como, neste ano de 2022, a uma senhora de Nagasaki sobrevivente
da bomba nuclear, hoje com 93 anos.
Reiki e artes
Tenho formação desde por volta
de 2018 como reikiano nível 3A mestre interior, terapia criada pelo monge
budista japonês Mikao Usui. Nessa época, cheguei a praticar em workshop a arte
do oshibanae, washie e kirie: os três em SP, em escola e exposição de oshibanaê
na Vila Mariana.
Participei em SP também de
workshop de shamisen e shakuhachi, no Bunkyo, por volta de 2018. E de shodô, este
mais frequente, na CBLJ (Centro Brasileiro de Língua Japonesa), por volta de 2019).
Sempre que pude depois busquei divulgar essas experiências, inclusive minha
arte de shodô.
Na Associação Cultural Japonesa
de Recife, participei de uma aula demonstrativa de kendô, em 2020, logo antes
de estourar a pandemia e os treinos serem interrompidos. Realizei a cobertura
das Olimpíadas de 2021 em meu canal Instagram, com a colaboração do meu amigo
Daniel Ribeiro, que supervisionei, realizando análises do ponto de vista linguístico
e cultural. Entre muitos outros temas em meu YouTube e Instagram focados no
Japão.
Neste ano de 2022, pratiquei e
divulguei taikô e kyuudo, ambos em Florianópolis, a partir de divulgação da
Associação Nipo-Catarinense.
Ultimamente, estive divulgando e
ensinando o japonês por meio dos animes, e realizei diversas lives sobre o
tema. Entrevistei um aluno meu expert em Naruto, em que falamos sobre o ninjutsu;
e também outro aluno entrevistei em outra live sobre o anime One Piece, sempre
buscando fazer análises sobre questões culturais e linguísticas entre o Japão e
o Brasil. Ambos, Anime e One Piece, são animes campeões de popularidade no
Brasil, no Japão e no mundo.
Sobre a província de Fukushima ken
Meu avô Tsuneo Kanno é de Fukushima, chegou ao Brasil por volta de 1932, com cerca de 10 aninhos de idade. Ficou conhecido como Seu Antônio da tinturaria, ou Tsuneo Kanno (só no registro de nascimento mas ninguém o conhecia pelo nome japonês me parece). Para compensar e homenagear meu avô “fukushimense” dei o nome dele à minha primeira empresa, há muitos anos, "Tsuneo Serviços de Informática". Infelizmente só tive oportunidade de guardar uma foto em que apareço ao lado dele, eu no aniversário de 1 aninho, no colo de minha mãe.
- Hana wa saku: meu tio que mora no Japão há mais de 20 anos me recomendou essa música, de melodia da renomada compositora Yoko Kanno, mesmo sobrenome que o meu. Ensino aos alunos essa música às vezes, contando sobre a homenagem que ela faz ao povo de Fukushima. Tbm postei no meu Instagram @japonescriativo a respeito.
- Explico aos meus vários alunos sobre geografia do Japão, navegando pelo Google Maps, inclusive a região de Toohoku, onde está Fukushima ken. Conto um pouco a eles do que aprendi sobre a província, e que é terra original de meu avô.
- Live com médico Hiroshi Tikazawa, representante do Fukushima kenjinkai. Eu o entrevistei pra que ele divulgasse no meu canal Instagram sobre a cultura japonesa específica de nossa Província de Fukushima, e até mesmo algumas expressões regionais. Além da experiência dele conhecendo a associação e fazendo parte até hoje.